quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Educação é limite maior à inclusão digital

Educação é limite maior à inclusão digital

Felipe Zmoginski, de INFO Online

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SÃO PAULO - Um estudo feito pela Cisco em 20 cidades de vários países emergentes mostrou que a educação é o principal obstáculo à inclusão digital.

O estudo ouviu usuários no Brasil, México, Rússia e Índia sobre o uso da internet. A quase totalidade dos entrevistados considerou importante ter acesso à web, mas um terço deles disse não procurar um computador para usar a internet.

De acordo com o diretor de estratégias para emergentes da Cisco, Henrique Rueda-Sabater, a educação é o item mais citado pelos entrevistados para não usar a internet.

"As pessoas alegam dificuldade em entender como funcionam os computadores."

Depois, aparecem obstáculos como dificuldade de comprar um PC e de pagar por banda larga", diz Henrique.

O estudo apontou que as mulheres de um modo geral e homens com mais de 40 anos são os grupos com menos acesso à web.

"As novas gerações tem total intimidade com a internet, mas pessoas mais velhas e, em especial, mulheres que não trabalham fora de casa, apresentam maior necessidade de orientação para usar a web", diz Henrique.

Livros eletrônicos

Best-sellers também chegam à internet

Daniela Arrais
Folha Online


O professor de idiomas Giuliano Reali, 30, começou a ler livros digitais
quando o escritor Stephen King lançou "Riding the Bullet", em 2000. Logo
depois, quis ler um título que não existia no Brasil e acabou adquirindo a
versão eletrônica em um site. Desde que comprou um smartphone, ler e-books
se tornou tão comum quanto usar o e-mail ou consultar o GPS.

No dia-a-dia de Reali e de inúmeros leitores, os e-books já são realidade. O
mercado editorial busca soluções para atender a esse tipo de leitor, que
forma um contingente que vem ganhando expressão, segundo dados da pesquisa
Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro ao
Ibope: 3% (ou 4,6 milhões de pessoas) do universo estudado, que equivale a
92% da população brasileira, lêem livros digitais e 2% (ou 2,9 milhões) usam
audiolivros.

No universo de leitores, que corresponde a 95 milhões de pessoas, 7% (ou 7
milhões) baixam livros gratuitamente da internet, segundo a pesquisa.

Editoras investem em catálogos digitais. A inglesa Random House
(www.randomhouse.com) anunciou na semana passada que está disponibilizando
milhares de livros nesse formato -já existem 8.000 títulos e a idéia é
chegar a 15 mil, segundo a Associated Press.

No Brasil, a Lex Editora (www.lex.com.br) tem obras digitalizadas sobre
legislação. A partir de uma assinatura, que custa entra R$ 420 e R$ 2.000, a
editora permite acesso ao conteúdo, que pode ser lido por celular ou PDA.

Vantagens

Para Reali, a principal vantagem dos e-books é a mobilidade. "Não acho nem
um pouco cansativo. Acho até mais fácil de segurar um smartphone do que um
livro aberto. A iluminação passa a ser secundária, você pode até mesmo ler
no escuro, pois a tela do telefone basta."

No entanto, ele acha que a tecnologia ainda tem muito a crescer no Brasil.
"O brasileiro é muito impermeável ao uso de conveniências eletrônicas. As
pessoas te olham como um ET ou um nerd quando te vêem lendo um e-book ou
usando a função GPS no seu celular, quando, na verdade, você está apenas
dando um passo para tornar a sua vida mais prática."

Mago

Para o best-seller Paulo Coelho, editores são tão ruins quanto os monges
copistas que lamentavam a chegada dos livros impressos no século 16 --ele
declarou isso na Feira de Frankfurt, em outubro.

Para o mago -que disponibiliza seus livros em
www.piratecoelho.wordpress.com --, há uma falta de entendimento sobre a
internet fazer parte da indústria.

"Em vez de olharem a nova mídia como uma oportunidade de criar novas formas
de promoção, editores se concentram em criar microssites, que são
completamente fora de moda, e alguns se queixam dos "infortúnios" das outras
indústrias culturais, percebendo a internet como inimiga", disse.

Direito autoral - Advogados defendem mudança em lei autoral para legalizar xerox

Advogados defendem mudança em lei autoral para legalizar xerox
.
Eduardo Tramarim
Câmara dos Deputados


O coordenador-geral de Direito Autoral do Ministério da Cultura, Marcos de
Souza, defendeu nesta terça-feira uma nova legislação sobre o tema, que
contemple a legalização das cópias xerox. Segundo ele, esse assunto tem sido
tratado como caso de polícia, mas deveria ser abordado como política
pública. Para Souza, também é necessário haver uma redefinição do papel do
Estado no campo dos direitos autorais. "Com o atual marco regulatório, o
Estado não tem condições de ser eficaz na fiscalização e na arbitragem do
setor", argumentou ele, durante audiência pública sobre o tema promovida
pela Comissão de Educação e Cultura.

Segundo o advogado Guilherme Carboni, a restrição às cópias xerox afeta o
direito à educação. Ele argumentou que o acesso a informações não representa
uma quebra de direitos autorais.

Carboni pediu que as leis sobre esses direitos sejam adaptadas aos avanços
da informática: "As novas tecnologias trazem transformações sociais e
econômicas que geram a necessidade de uma mudança do direito autoral,
principalmente em setores mais críticos para um país em desenvolvimento,
como a educação. Eu defendo que a lei seja revista para atender à demanda
por um acesso maior a informações."

A Lei 9610/98, que rege os direitos autorais no Brasil, tem sido criticada
por especialistas pelo fato de não estabelecer um equilíbrio satisfatório
entre o direito ao acesso público a informações, garantido pela
Constituição, e a proteção do direito do autor.

Patrimônio
Porém, representantes de artistas e o Escritório Central de Arrecadação e
Distribuição de direitos Autorais (Ecad) defenderam a atual legislação. O
presidente da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos
Intelectuais, o cantor Silvio Cezar, defendeu que o livre acesso à cultura
precisa ser feito de forma justa, sem dilapidar o patrimônio do autor.

"A Constituição prevê o livre acesso, mas não podemos esquecer que a cultura
é produzida por profissionais que vivem do seu trabalho. Como vamos resolver
essa questão? Como vamos propiciar o acesso à cultura sem prejudicar o
criador, que depende de sua obra para sobreviver?" indagou.

O deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) afirmou que esse debate é importante para
a produção cultural do País, e que uma nova legislação é necessária. "Há uma
transformação muito grande do ponto de vista das tecnologias de reprodução e
de acesso aos bens culturais. A internet está aí. Então, é preciso haver uma
nova lei que contemple o direito de acesso à livre informação e também o
direito de autor", concluiu.


=============
Prof. Murilo Bastos da Cunha, Ph. D.
Universidade de Brasília/Dept. Ciência da Informação e Documentação
Campus Universitário
Brasília, DF 70900-910 Brasil
blog: http://a-informacao.blogspot.com/

II Congreso Internacional de Investigación en Ciencia de la Información

II CONGRESO INTERNACIONAL DE INVESTIGACIÓN EN CIENCIA DE LA INFORMACIÓN
La Terminología y los Usuarios de la Información
Medellín, Colombia Mayo 4 al 6 de 2009

La Universidad de Antioquia a través de la Escuela Interamericana de
Bibliotecología y el Centro de Investigaciones en Ciencia de la Información
(CICINF), convoca a profesionales, docentes, investigadores y estudiantes de
pregrado y posgrado en bibliotecología, biblioteconomía, documentación y
ciencia de la información, así como a profesionales de disciplinas afines
vinculadas al proceso de transferencia de la información, a participar y
proponer ponencias para el II Congreso Internacional de Investigación en
Ciencia de la Información, el cual tiene como temas centrales la
terminología y los usuarios de la información. El evento se realizará del 4
al 6 de mayo de 2009 en la ciudad de Medellín, Colombia.

Para mais informações: http://bibliotecologia.udea.edu.co/

Wordia: um dicionário textual e visual

Wordia: um dicionário textual e visual
Existem centenas de dicionários eletrônicos na internet. Muitos deles são
produtos da migração do formato impresso para o digital; outros são
"nascidos digitalmente". É sabido também o enorme sucesso do You Tube e
serviços congêneres que possibilitam a publicação e divulgação de vídeos. O
Wordia [URL: www.wordia.com/] é um dicionário diferente que agrega as
funções normais de um dicionário eletrônico (que dá as diversas acepções de
uma determinada palavra) com as potencialidades informativas do vídeo. Além
disso, ele é feito sob a forma colaborativa dos usuários. Vale a pena dar
uma olhada, tanto nas definições quantos nos vídeos. Um alerta: infelizmente
o vocabulário ainda se refere a termos da língua inglesa. Quem sabe não
poderíamos ter uma versão para a língua de Saramago e de Jorge Amado?
Murilo Cunha
=============
Prof. Murilo Bastos da Cunha, Ph. D.
Universidade de Brasília/Dept. Ciência da Informação e Documentação
Campus Universitário
Brasília, DF 70900-910 Brasil
blog: http://a-informacao.blogspot.com/

Conheça mais sobre Open Access

 
Saiba tudo sobre Open Access ou Acesso Livre: OASIS
 
Está em desenvolvimento o sítio OASIS - Open Access Scholarly Information Sourcebook.
Essa nova fonte de informação sobre Open Access é um guia prático sobre como implementar Open Access.
Nele os interessados encontrarão um conjunto de documentos de referência sobre acesso livre, desde os benefícios que os pesquisadores têm com o acesso livre até como construir um repositório institucional.

A HERANÇA TAMBÉM É GENÉTICA

A HERANÇA TAMBÉM É GENÉTICA

 

Judeus e muçulmanos, expulsos da Península Ibérica no século XV, deixaram um rico legado arquitetônico e cultural. A influência também está marcada no DNA: um em cada três portugueses e espanhóis descende de judeus.

 

A curiosidade em relação aos antepassados é um componente da natureza humana . Para construir a história, conta-se tradicionalmente com documentos, testemunhos e artefatos arqueológicos. Agora uma nova ferramenta está a disposição dos estudiosos: a pesquisa genética. Ela permitiu comprovar que os ameríndios são originários da região central da Sibéria e revelou que nada menos que 12 milhões de pessoas da Eurásia são descendentes diretos do conquistador mongol Gêngis Khan. Um estudo genético divulgado neste mês traz outra revelação inesperada: um terço da população de Espanha e Portugal – países com uma história de fervor católico e intolerância religiosa – tem entre seus ancestrais judeus e mouros.

 

Mais de 99% do genoma humano é idêntico em todas as pessoas. Mas cada grupo populacional  possui um conjunto de pequenas mutações identificáveis , chamadas marcadores. Estes marcadores podem ser rastreados por meio da análise do cromossomo Y, que passa quase que intacto de pai para filho. Fizeram parte do estudo 1 140 portugueses e espanhóis também eram nascidos na Península Ibérica – o que indicava que suas famílias estavam ali desde pelos menos 1900. Este material foi comparado com os marcadores dos muçulmanos do norte da África e de judeus sefarditas de várias nações para medir a sua presença na população ibérica atual. Sefarditas são os descendentes dos judeus expulsos da Espanha e de Portugal no século XV. A conclusão: 20% dos habitantes destes dois países possuem ascendência judaica e 11% tem genes árabes e berberes.

 

Os muçulmanos invadiram a Peninsula Iberica em 711 e dominaram boa parte dela por sete séculos. A presença judaica remonta à primeira grande diáspora depois da tomada de Jerusalém pelas legiões romana, no ano 70. Os judeus consideram como uma era de ouro justamente o inicio do domínio mouro. Foi um período de florescimento cultural, com destaque para a medicina e a filosofia, e de relativa tolerância religiosa. Apesar das disputas dinásticas e das rixas entre tribos berberes, em raras ocasiões os judeus e os cristãos foram massacrados ou forçados à conversão. Em parte por razões pragmáticas, dizem os historiadores, visto que os "infiéis" pagavam altos impostos.

 

A convivência foi sepultada em 1492, quando os reis  Isabel de Castela e Fernando de Aragão (Os reis católicos) tomaram Granada, o ultimo reduto mouro na península. No mesmo ano os judeus foram forçados a se converter ou deixar a Espanha. Na época havia cerca de 400 000 deles no país. Desses 120 000 fugiram para Portugal. Quatro anos depois, a intolerância religiosa cruzou a fronteira. Para cederem a mão de sua filha Isabel ao monarca português D. Manuel I, os reis da Espanha exigiram a expulsão dos judeus que recusassem a conversão. Até o marquês de Pombal destruir os registros, no século XVIII, os convertidos, chamados de cristãos-novos, permaneceram cidadãos de segunda classe e Portugal e também no Brasil. Percebe-se agora que as conversões ao cristianismo durante a inquisição parecem ter ocorrido em maior quantidade do que se pensava.

 

"O que mais nos surpreendeu foi o fato de a influência judaica ser tão maior que a muçulmana, mesmo com séculos de domínio mouro", disse a VEJA o historiador português Jorge Martins, autor do livro Portugal e os Judeus. Até hoje não há compreensão do real tamanho da contribuição judaica para nossa identidade nacional." Atualmente, essas confissões religiosas compõe menos de 2% da população da península e nem sempre são vistas com bons olhos. No ultimo censo realizado em Portugal, apenas 1773 pessoas as declararam de religião judaica. Segundo uma pesquisa recente, metade dos espanhóis tem uma visão negativa dos judeus, um dos índices mais altos de toda Europa. À luz do estudo genético, pode-se dizer que se trata de uma visão distorcida da própria imagem no espelho.

 

Veja – 24 de dezembro de 2008

Autor – Thomaz Favaro.

Nomes e sobrenomes judaicos/MPmemória/Retransmite

 
Sobrenomes judeus - de que raízes se originam?
 
Por que me chamo Moisés?  Por que levo o nome do meu bisavô, que morreu antes de eu nascer?  Os judeus ashkenazim dão a seus filhos os nomes dos ascendentes falecidos.  Isso tem a ver com a crença no restabelecimento da alma e com a honra e recordação do morto.  Se pudesse seguir sua árvore genealógica, alguém que se chame Moisés encontraria tataravôs chamados Moisés a cada três gerações.

 

Os judeus sefaradim dão a seus filhos o nome dos avós, que geralmente estão vivos.  Assim, numa árvore genealógica sefaradí vão encontrar o mesmo nome uma geração em média.  Se alguém ler a história da Espanha não saberá às vezes quem morreu, e quem continua vivo.  Será o avô, ou o neto?  Outras vezes encontram o filho com o mesmo nome que o pai, mas é um costume cristão que se encontra entre os judeus sefaradim depois que deixaram a Espanha, por causa da inquisição.

Diferentemente dos aristocratas e das pessoas ricas, os judeus não tinham sobrenomes na Europa Oriental até os anos napoleônicos, nos princípios do século 19.  A maior parte dos judeus dos países conquistados por Napoleão, Rússia, Polônia, e Alemanha receberam a determinação de adotar sobrenomes para cobrança de impostos.  Após a derrota de Napoleão, muitos judeus retiraram estes nomes e voltaram ao " filho de", surgindo então nomes como:  Mendelsohn, Jacobson, Levinson, etc.

Durante a chamada Emancipação, os judeus mais uma vez receberam a ordem de adotar sobrenomes.  Na Áustria e na Galícia, o imperador José fez os judeus tomar sobrenomes em 1788.  As "listas de sobrenomes" do Império Austro-Húngaro, em geral, usavam palavras em alemão, muito parecidas com iídiche.  A Polônia ordenou os sobrenomes em 1821 e a Rússia em 1844.  É provável que algumas das famílias judias já tivessem recebido seus sobrenomes nos últimos 175 anos ou menos.

Na França e nos países anglo-saxônicos os sobrenomes voltaram no século 16.  Também os judeus sefaradim recuperaram seus sobrenomes após longos séculos.  A Espanha antes de Fernando e Isabel foi uma época de ouro para os judeus.  Eles foram expulsos por Isabel no mesmo ano em que Colombo partiu para a América.  Os primeiros judeus americanos eram sefaradim.

Significado dos sobrenomes

Há dezenas de milhares de sobrenomes judeus utilizando a combinação das cores, dos elementos da natureza, dos ofícios, cidades e características físicas.

Um pequeno exercício é perguntar:  Quantos sobrenomes judaicos podemos reconhecer com a raiz das seguintes palavras?

Cores:  Roit, Roth (vermelho); Grun, Grin (verde); Wais, Weis, Weiss (branco); Schwartz, Swarty (escuro, negro); Gelb, Gel (amarelo).

Panoramas:  Berg (montanha); Tal, Thal (vale); Wasser (água); Feld (campo); Stein (pedra); Stern (estrela); Hamburguer (morador da vila).

Metais, pedras preciosas, mercadorias:  Gold (ouro), Silver (prata), Kupfer (cobre), Eisen (ferro), Diamant, Diamante (diamante), Rubin (rubi), Perl (pérola), Glass, (vidro), Wein (vinho).

Vegetação:  Baum, Boim (árvore); Blat (folha); Blum (flor); Rose (rosa); Holz (Madeira).

Características físicas:  Shein, Shen (bonito); Hoch (alto); Lang (comprido); Gross, Grois (grande), Klein (pequeno), Kurtz (curto); Adam (homem).

Ofícios:  Beker (padeiro); Schneider (alfaiate); Schreiber (escriturário);

Singer (cantor); Holtzkocker (cortador de madeira), Geltschimidt (ourives), Kreigsman, Krigsman, Krieger, Kriger (guerreiro, soldado), Eisener (ferreiro), Fischer (peixeiro, pescador), Gleizer (vidreiro).

Utilizaram-se as palavras de forma simples, combinadas e com a agregação de sílabas como son, filho; man, homem; er: que designa lugar, agregando-se preferencialmente após o final do nome da cidade.

Em muitos países adaptaram-se as terminações dos sobrenomes ao uso do idioma do país como o sufixo "ski", "sky" ou "ska" para o caso de mulher, "as", "iak", "shvili" , "wicz" ou "vich".

Então, com a mesma raiz, temos por exemplo: Gold, que deriva em Goldman, Goldrossen, Goldanski, Goldanska, Goldas, Goldiak, Goldwicz, etc.  A terminação indica que idioma falava-se no país de onde é o sobrenome.

Sobrenomes espanhóis:  Entre os sobrenomes judaicos espanhóis é fácil reconhecer ofícios, designados em árabe, ou em hebraico, como:  Amzalag (joalheiro); Saban (saboneiro); Nagar (carpinteiro); Haddad (ferreiro); Hakim (médico).

Profissões relacionadas com a sinagoga como:  Hazan (cantor); Melamed (maestro); Dayan (juiz). Cohen (rabino). Levy, Levi (auxiliar do templo).

Títulos honoríficos:  Navon (sábio); Moreno (nosso mestre) e Gabay

(oficial).

O sobrenome popular Peres, muitas vezes escrito Perez, com a terminação idiomática espanhola, não é, no entanto, sobrenome de origem espanhola, mas uma palavra hebraica que designa os capítulos nos quais a Torá (os cinco livros do Pentateuco), se divide para sua leitura semanal, de forma a completar em um ano a leitura da Torá.

Muitos sobrenomes espanhóis adquiriram pronuncia ashkenazi na Polônia, como exemplo, Castelanksi, Luski (que vem da cidade de Huesca, na Espanha).  Ou tomaram como sobrenome Spanier (espanhol), Fremder (estranho) ou Auslander (estrangeiro).  Na Itália a Inquisição se instalou depois que na Espanha, de modo que houve também judeus italianos que emigraram para a Polônia.  Aparece o sobrenome Italiener e Welsch ou Bloch, porque a Itália é também chamada de Wloche em alemão.

Nomes de cidade ou país de residência:  Exemplos: Berlin, Berliner, Frankfurter, Danziger, Oppenheimer, Deutsch ou Deutscher (alemão), Pollack (polonês), Breslau, Mannheim, Cracóvia, Warshaw, (Varsóvia).

Nomes comprados:  Exemplos: Gluck (sorte), Rosen (rosas), Rosenblatt (papel ou folha de rosas), Rosenberg (montanha de rosas), Rothman (homem vermelho), Koenig (rei), Koenigsberg (a montanha do rei), Spielman (homem que joga ou toca), Lieber (amante), Berg (montanha), Wasserman (morador da água), Kershenblatt (papel de igreja), Kramer (que tenta passar como não judeu).

Nomes designados (normalmente indesejáveis):  Exemplos: Plotz (morrer),

Klutz (desajeitado), Billig (barato).

Sobrenomes oriundos da Bíblia:  Uma boa quantidade de sobrenomes judeus deriva dos nomes bíblicos, ou de cidades européias da Ásia Menor.  Isto muitas vezes fez os judeus levarem consigo as pegadas dos lugares em que se originaram.  Tomemos como exemplo de "raiz de sobrenome" o nome de Abraham (Abrahão).  Filho de Abraham se diz diferentemente em cada idioma.  Abramson, Abraams, Abramchik em alemão, ou holandês.  Abramov ou Abramoff em russo.  Abramovici, Abramescu em rumeno.  Abramski, Abramovski nas línguas eslavas.  Abramino em espanhol, Abramelo em italiano.  Abramian en armênio, Abrami, Ben Abram em hebraico.  Bar Abram em aramaico e Abramzadek ou Abrampur em persa.  Abramshvili em georgiano, Barhum ou Barhuni em árabe.

Os judeus de países árabes também usaram o prefixo ibn.  Os cristãos também passaram a usar seus sobrenomes com agregados que significam "filho de".  Os espanhóis usam o sufixo "ez", os suecos o sufixo "sen" e os escoceses põem "Mac" no início do sobrenome.  Os sobrenomes judaicos não tomaram a terminação sueca nem o prefixo escocês.

Pode-se constatar essas variações olhando em catálogos telefônicos quantos sobrenomes há derivados de Abraham, Isaac e Jacob.  Há também sobrenomes judeus que seguem o nome de mulheres, mas é menos comum.  As vezes isto acontecia porque as mulheres eram viúvas, ou por alguma razão eram figuras dominantes na família.  Goldin vem de Golda.  Hanin de Hana.  Perl, ou Perles de Rivka.  Um fato curioso apresenta o sobrenome Ginich.  A filha do Gaon de Vilna se chamava Gine, e se casou com um rabino vindo da Espanha.  Seus filhos e netos ficaram conhecidos como os descendentes de Gine e tomaram o sobrenome Ginich.

Também há sobrenomes derivados de iniciais hebraicas, como Katz ou Kac, que em polonês se pronuncia Katz.  São duas letras em hebraico, K e Z iniciais das palavras Kohen Zedek, que significa "sacerdote justo".

Sobrenomes adquiridos em viagens:  Nos sobrenomes que derivam de cidades a origem é clara em Romano, Toledano, Minski, Kracoviac, Warshawiak (de Varsóvia).  Outras vezes o sobrenome mostra o caminho que os judeus tomaram na diáspora.  Por exemplo, encontramos na Polônia sobrenomes como Pedro, que é um nome ibérico.  O que indica?  Foram judeus que escaparam da Inquisição espanhola no século XV.

Em sua origem, possivelmente eram sefaradim, mas se mesclaram e adaptaram ao meio azkenazi.  Muitas avós polonesas se chamam Sprintze.  De onde vem esse nome?  O que significa?  Lembrem-se que em hebraico não se escrevem as vogais, assim que é um nome que se escreve em letras hebraicas Sprinz, que em polonês se lê Sprintze, mas como leríamos esse nome se colocássemos as vogais?  Em español, seria Esperanza, e em português Esperança, que escrito em hebraico e lido em polonês resulta Sprintze.

Mudança de sobrenomes:  Existem muitas histórias nas mudanças dos sobrenomes.  Durante as conversões forçadas na Espanha e em Portugal, muitos judeus se converteram adotando novos sobrenomes, que as paróquias escolhiam para os "cristãos novos" como Salvador ou Santa Cruz.  Outros receberam o sobrenome de seus padrinhos cristãos.

Mais tarde, ao fugir para a Holanda, América ou ao Império turco, voltaram à religião judaica, sem perder seu novo sobrenome.  Assim apareceram sobrenomes como Diaz ou Dias, Errera ou Herrera, Rocas ou Rocha, Marias ou Maria, Fernandez ou Fernandes, Silva, Gallero ou Galheiro, Mendes, Lopez ou Lopes, Fonseca, Ramalho, Pereira e toda uma série de denominações de árvores frutíferas (Macieira, Laranjeira, Amoreira, Oliveira e Pinheiro).

Ou ainda de animais como Carneiro, Bezerra, Lobo, Leão, Gato, Coelho, Pinto e Pombo.  Outra mudança de sobrenomes foi causada pelas guerras.  As pessoas perderam, ou quiseram perder seus documentos, e se "conseguia" um passaporte com sobrenome que não denunciava sua origem, para cruzar a salvo uma fronteira, ou escapar do serviço militar.

Nos fins do século XIX o Czar da Rússia, exigia 25 anos de serviço militar obrigatório, especialmente dos judeus.  Quantos imigrantes fugiram da Rússia e da Ucrânia com passaportes mudados para evitar uma vida dedicada ao exército do Czar?  Outra questão é que somos filhos de imigrantes, e muitos sobrenomes se desfiguraram com a mudança de país e de idioma.

As vezes eram os funcionários da Alfândega ou da Imigração, outras o próprio imigrante que não sabia espanhol, ou escrevia mal.  Por isso, muitos integrantes da mesma família têm sobrenomes similares em som, mas escritos com grafia diferente.  Além disso, na Polônia a mulher tinha um sobrenome diferente do masculino, terminava em "ska", no lugar de "ski", pois indicava o gênero.  Esses, são só alguns dos milhares de sobrenomes judeus existentes.  E assim a história continua...

 


Igreja Matriz de Miracema-RJ com nova iluminação


--
Angeline Coimbra
"ohne Fleiss, kein Preis"

BLOG LOGRADOUROS DE MIRACEMA
www.logradourosdemiracemarj.blogspot.com

RÁDIO MORRO AZUL
www.morroazuleventos.com.br

LANÇAMENTO DO VOLUME V DE "LOGRADOUROS DE MIRACEMA"

 
A coordenação de "Logradouros de Miracema" informa que está marcado para o dia 21 de março o lançamento do volume V.

Segundo informou Luiz Carlos, coordenador geral:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
"O lançamento do Volume V de Logradouros de Miracema,
 na terrinha, com mais 7 logradouros e cerca de 120 páginas,
no formato A-4, irá contribuir ao resgate da memória,
principalmente dos miracemenses e seus amigos."

ANOTE NA AGENDA:

21 DE MARÇO - LANÇAMENTO DO VOLUME V DE "LOGRADOUROS DE MIRACEMA".

--
Angeline Coimbra
"ohne Fleiss, kein Preis"

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Informativo ORIUNDI - Edição 268

 
 

 
Ano 6 - Número 268 - sexta, 09 de janeiro de 2009
Europeus, entre os quais os italianos, alarmados com o aumento dos preços [it]
De acordo com o último inquérito Eurobarómetro, publicado em Dezembro de 2008, o aumento dos preços e a crise econômica são as duas principais preocupações dos europeus, poucos meses antes das eleições europeias de Junho de 200...
 
2009: italianos mais pessimistas que a média mundial
Os italianos estão mais pessimistas que a média mundial em relação a 2009. Conforme pesquisa realizada pelo instituto Gallup International Voice of the People, que ouviu 45.700 pessoas de diferentes países, o índice de pessimismo chegou a 35% e o de otimi...


 
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Giornalismo fatto con passione

 


 
 
 
 

Evento da comunidade polonesa: 14/01/2009 - Lançamento da 5ª edição da Revista Cekaw

 

14/01/2009 - Lançamento da 5ª edição da Revista Cekaw

Nesta semana foi lançada mais uma edição da Revista Cekaw. A 5ª edição traz importantes elementos sobre a cultura polonesa, com artigos sobre Pisanki e Wycinanki e sobre as primeiras famílias polonesas a se fixarem na serra gaúcha, com o artigo sobre as habilitações de casamento de Alfredo Chaves.

Convidamos a todos para que visitem o site do Cekaw (http://www.cekaw.org) e conheçam a revista.


CEKAW - Centro de Estudos Polono-Brasileiros Karol Wojtyla - www.cekaw.org


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