sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nas ondas sonoras da Sino Azul


Imagem: edição de outubro de 1929.

Acervo de revista pertencente a antiga Companhia Telefônica Brasileira é digitalizado e disponibilizado em grande estilo na internet

"'Sino Azul', sentindo em seu bojo ainda a resonancia das vibrações festivas de Natal, transforma-se hoje em magestoso carrilhão de melodioso timbre, para, em ondas sonoras, tangidas pelo sentimento de cordialidade, enviar ao coração de todos os empregados de telephones o seu voto sincero de felicidade pela passagem do Anno Bom". É com essa linguagem pomposa e cheia de emoção que a revista "Sino Azul" se dirigia a seus leitores – empregados da antiga Companhia Telefônica Brasileira (CTB) – em seu primeiro número, lançado nos primeiros dias de janeiro de 1928. A revista, porém, pode ser lida, a partir de agora, por um público muito mais amplo. É que a Fundação Telefônica digitalizou todo o acervo da revista, possibilitando a pesquisadores do mundo todo o acesso a um vasto material histórico que ajuda a contar um pouco da história da comunicação no país. (Acesse gratuitamente: http://www.colecaosinoazul.org.br/ /) 

A “Sino Azul” foi o veículo de comunicação interna oficial da então CTB, que prestava serviços de telefonia em grande parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Marco importante na história da comunicação empresarial no país, a revista acompanhava a evolução das telecomunicações no Brasil, dando destaque a fatos como a introdução de cabos submarinos, a comunicação via rádio ou ainda o uso do telefone sem o auxílio de telefonistas. Em São Paulo, a publicação circulou entre os anos de 1920 e 1970. No Rio de Janeiro, entretanto, ela continuou sendo publicada pela antiga TELERJ até 1989.

Segundo a Fundação Telefônica, instituição herdeira desse acervo e que hoje controla a maior parte da Ação Social e Cultural do Grupo Telefônica no mundo, o projeto de digitalização visa preservar e divulgar a memória da revista, tornar seu acervo mais acessível a pesquisadores e também a população em geral. Foram transpostas para o meio digital as 350 edições da revista. Mas esse trabalho de transposição não foi fácil. O primeiro passo foi microfilmar todos os exemplares do acervo. Em seguida, cada página foi digitalizada e uma equipe de bibliotecários realizou a indexação de todos os números, que foram catalogados num banco de dados estruturado seguindo o formato bibliográfico internacional Marc 21. O projeto teve apoio decisivo da Lei Rouanet.

O design do site é muito bonito, extremamente cuidadoso. As revistas estão divididas por ano e também é possível realizar uma busca avançada em seu conteúdo através do cruzamento de nome do autor, palavra, título, notas, assuntos e locais de publicação. Para acessar o conteúdo, basta clicar na capa da edição escolhida e começar a folhear. E para quem não quer perder absolutamente nada, o site permite um ótimo zoom em todas as páginas.

O único inconveniente do projeto é a demora no carregamento do conteúdo. Se você possui conexão discada, pode desistir. Nós acessamos o site com uma conexão banda larga de um mega e tivemos que tomar alguns cafezinhos expressos antes de ler alguma coisa. Sorte nossa que adoramos a bebida e que a espera valeu a pena, pois é tudo muito bem produzido.

Concurso Cultural
Além de um acervo rico e democratizado, os historiadores que navegam pela web possuem um outro motivo para visitar o site do projeto: a Fundação Telefônica está promovendo o "Concurso Cultural Sino Azul" que premiará 1.500 pessoas com um exemplar do livro "Nas Capas da Sino Azul: Registros da História na Revista da Cia. Telephonica Brasileira. Para isso basta responder a um pergunta e ser selecionado. Para saber mais sobre esse concurso, acesse: http://www.colecaosinoazul.org.br/concurso/

fonte http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-nas

domingo, 18 de julho de 2010

Acervo do Museu Imperial ao alcance de todos



O projeto DAMI chega para concretizar o sonho de ver o riquíssimo acervo do Museu Imperial ao alcance de todos. Por meio deste banco de dados você poderá conhecer as nossas coleções em seus mínimos detalhes, tendo acesso ao conteúdo e às imagens correspondentes a cada item.

Embarque nesta viagem pela história através das nossas coleções.

Instruções para realização de pesquisa no acervo:

Utilize a caixa para pesquisar um termo específico em todo o acervo.

Utilize as opções de pesquisa avançada para configurar filtros para a palavra-chave escolhida.

Você poderá utilizar múltiplos filtros, simultaneamente, para aumentar a especificidade do que deseja buscar.

A ferramenta vai devolver os resultados da pesquisa na forma de cartões resumidos.

Clique no título dos cartões para acessar a ficha de detalhes completa.

Clique aqui para iniciar a pesquisa.

http://www.museuimperial.gov.br/

domingo, 11 de julho de 2010

Ilha das Flores, que acolheu imigrantes, ganhará museu a céu aberto


RIO - Primeira hospedaria de imigrantes do Brasil, a Ilha das Flores, em São Gonçalo, será transformada em um museu a céu aberto que contará a história dos mais de 300 mil estrangeiros que passaram por lá entre 1877 e 1966. Ao pequeno pedaço de terra cercado pelas águas da Baía de Guanabara, chegavam levas e levas de viajantes que, após semanas ou meses de viagem, eram alojados até que tivessem a chance de partir para um novo trabalho, uma nova vida.

O projeto terá três etapas e promete reconstituir a trajetória de portugueses, espanhóis, italianos, russos, poloneses, árabes e judeus, entre outros povos. O refeitório onde os imigrantes se alimentavam será transformado em uma sala de exposição permanente.

No total, dez prédios do complexo poderão ser visitados. Por meio de uma linha do tempo, textos, fotografias antigas, vídeos e documentos contarão em detalhes a história da imigração brasileira. Segundo o coronel reformado Miguel Mendonça Pinheiro, presidente da comissão para desenvolvimento do projeto do Centro de Memória dos Imigrantes, a expectativa é de que, até o fim deste ano, a ilha esteja aberta à visitação pública. Hoje, lá funciona a Comando da Tropa de Reforço do Corpo dos Fuzileiros Navais da Marinha.

- O projeto foi lançado em março e agora estamos na fase de captação de recursos. A primeira etapa custará R$ 450 mil, sendo R$ 205 mil para fazer projeções, montar salas multimídias e identificar os locais. Outros R$ 245 mil servirão para a restauração dos prédios históricos que abrigava os imigrantes - explica o coronel.

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