sexta-feira, 18 de abril de 2008

Inquisição nas Minas Gerais.





Minas Gerais 1712 -1763



New-Christians who lived in Minas Gerais from 1712 to 1763. Kindly shared by Thiago Costa - Memorial Brasil Sefarad.

The names here are classified by city. The list was taken from the book "Inquisition in Minas Gerais in the 18th century", by Neusa Fernandes, and has been added to the genealogy section of the Memorial Brasil Sefarad website, at www.geocities.com/brasilsefarad/xnemmg.htm

I believe it is not a complete list, as the author gathered the names from documents in wich some "New-Christians" may not have been mentioned. In addition, some may have idden their origin, as was common those days.

Listagem de cristãos-novos residentes nas Minas Gerais, entre 1712 e 1763 (retirada do livro "A Inquisição em Minas Gerais no Século XVIII", de Neusa Fernandes):

Em Brumado: Agostinho José de Azevedo.

Em Cachoeira: Agostinho Pereira da Cunha, Ana do Vale, Antônio da Silva Pereira, Antônio Fernandes de Mattos, Antônio Rodrigues Campos, Baltazar de Godoi Moreira, Gregório da Silva Henriques, João Rodrigues Viana, Leonor Henriques, Manoel Nunes Sanches, Manoel Nunes Viana, Miguel da Silva Pereira.

Em Caeté: Antônio Nunes Ribeiro, Campos Bicudo, Jerônimo Pedroso de Barros, João Nunes Ribeiro, Manoel da Fonseca.

Em Catas Altas: Francisco Ferreira Izidro, Francisco Pereira Chaves.

Em Congonhas do Campo: José da Silva de Moraes, José Rodrigues de Oliveira.

Em Córrego do Pau das Minas de Arasuahy: Antônio Pereira e Ávila, Antônio Fernandes Pereira.

Em Curralinho: Angela Roiz, Anna Roiz, Antonio de Castro, Antonio Rodrigues Gracio, Diogo de Paiva, Diogo Nunes, Diogo Nunes Henriques, Domingos Nunes Gracio, Domingos Roiz Ramires, Duarte Roiz, Elena Roiz, Francisco Fernandes Camacho, Francisco Nunes de Miranda, Jerônimo Rodrigues, João Lopes Álvares, João Nunes, João Nunes Ribeiro, José Aires Alves, Luiz Henriques, Manuel Dias, Manuel Nunes de Almeida, Manuel Nunes da Paz, Marcos Mendes, Miguel de Mendonça, Sebastião Nunes.

Em Diamantina (antigo Tijuco): Antônio de Sá, Antônio Rineiro Furtado, Diogo Dias Fernandes, Francisco Dias Correa, Francisco Roiz de Lima, João de Moraes, João Rodrigues, João Rodrigues de Mesquita, João Roiz, José Nunes, Manoel Leandro.

Em Fornos: José Rodrigues Cardoso.

Em Itaverava: Antônio de Sá Tinoco.


Em local não definido: Ana Roiz, André Mendes Correia, Anna do Valle, Antonio Azevedo Coutinho, Antonio Beltrão, Antonio Cardoso Porto, Antonio da Fonseca de Magalhães, Antonio da Silva, Antonio de Carvalho Oliveira, Antonio de Mello, Antonio de Mendonça, Antonio de Miranda, Antonio Dias Correia, Antonio Fernandes Matos, Antonio Ferreira Dourado, Antonio Ferreira Pacheco, Antonio Lopes, Antonio Nunes, Antonio Rodrigues, Antonio Rodrigues Gracio, Antonio Roiz, Antonio Roiz de Andrade, Antonio Roiz Gracia, Antonio do Valle, Baltazar Godoi Moreira, Damião Roiz Moeda, David Mendes, Diogo de Aguilar Pantoja, Diogo de Ávila Henriques, Diogo Lopes de Simões, Diogo Lopes Simões, Diogo Mendes, Diogo Roiz, Diogo Roiz Ferreira, Diogo Roiz Leão, Domingos da Costa, Domingos Rodrigues, Duarte Roiz Mendes, Elena do Vale, Eugenio da Costa, Felippe de Oliveira, Felippe Mendes, Felix Mendes Leite, Felix Nunes de Miranda, Francisca de Araújo, Francisco Correia, Francisco de Arruda Sá, Francisco dos Santos, Francisco Fernandes Camacho, Francisco Ferreira, Francisco Ferreira da Fonseca, Francisco Froes, Francisco Gabriel Francisca, Francisco Godoi Moreira, Gaspar Henriques, Guiomar da Rosa, Henriques Pereira, Izabel Palhana, Jacinto Mendes, Jerônimo Roiz, Joanna Maciel, João de Almeida Sá, João Gomes de Barros, João Lopes, João Lopes Alvarez, João Lopes Alves, João Lopes Xavier, João Mendes, João Moreira, João Nunes de Lara, João Nunes Ribeiro, João Roiz da Costa, João Roiz de Paiva, João Roiz Ferreira, João Roiz Nogueira, João Roldão, José de Matos, José Fernandes Camacho, José Rodrigues Bentim, José Rodrigues Cardoso, Joseph Cardoso, Joseph Carvalho de Chaves, Joseph Gonçalves, Joseph Ventura de Medanha, Leonor de Campos Currales, Lucas de Freitas Azevedo, Luiz do Couto, Luiz Miguel Correia, Luiz Nunes, Luiz Nunes de Miranda, Luiz Vaz, Luiz Vaz de Souza, Luíza Pereira, Manoel Cardoso, Manoel de Borba Gato, Manoel da Cunha Pessoa, Manoel Dias de Carvalho, Manoel Fernandes Araújo, Manoel Fernandes Henriques, Manoel Franco, Manoel Frois Moniz, Manoel Furtado, Manoel Lopes Pereira, Manoel Mendes da Cunha, Manoel Nunes Bernau, Manoel Nunes do Carmo, Manoel Nunes Viana, Manoel Nunes Sanchez, Manoel Rodrigues da Costa, Manoel Rodrigues Soares, Marcos Mendes Sanches, Maria de Jesus, Miguel Álvares, Miguel Álvares de Carvalho, Miguel Cardoso, Miguel da Silva Pereira, Miguel Nunes, Miguel Nunes de Miranda, Pais de Abreu, Pedro Mendes, Pedro Nunes de Miranda, Rendon, Ricardo Pereira, Rodrigo Álvares, Rodrigo Nunes, Salvador Roiz, Sebastião Nunes, Sebastião Nunes Alvarez, Simão Roiz, Thomaz Roiz do Vale.

Em Minas de Arassuahi: Antonio Fernandes Pereira, Antonio Pereira de Ávila, João da Costa e Silva, Joaquim da Silva Henriques.

Em Minas de São José: João Roiz, João Nunes Vizeu.

Em Minas Novas de Fanados: Alexandre de Lara, Duarte da Costa da Fonseca, Francisco Ferreira da Fonseca.

Em Minas Novas de Paracatu: Antonio Ribeiro Sanches, João Henriques, Miguel Nunes Sanches, Thomas Britto Ferreira.

Em Ouro Branco: Padre Manoel Lopes.

Em Ouro Fino: João Lopes Castelhano.

Em Ouro Preto (antiga Vila Rica): Alexandre de Lara, Antonio Fernandes Dias, Antonio Fernandes Pereira, David da Silva, David de Miranda, Diogo, Diogo Correia do Vale, Diogo da Costa, Diogo Dias Correia, Diogo Henriques, Diogo Nunes, Diogo Nunes Henriques, Domingos Nunes, Domingos Rodrigues Ramirez, Fernão Gomes, Fernando Gomes Nunes, Francisco Fróes, Francisco José de Souza, Francisco Nunes de Miranda, Francisco Roiz Moeda, Francisco Roiz Pueira, Gaspar da Costa, Gaspar Dias, Gaspar Fernandes Pereira, Helena do Valle, Henrique Fróes ou Henrique Fróes Moniz, Ignácio de Almeida Lara, Inácio dos Santos Bicudo, Jerônimo Rodrigues, João de Mattos, João Lopes Castelhano, João Rodrigues de Moraes, João Roiz de Mesquita, José da Cruz (também Joseph Nunes),José da Cruz Canegado, José de Carvalho, José de Carvalho e Almeida, José de Matos, Joseph da Cruz, Joseph Ferreira, Joseph Rodrigues, Luis Fróes, Luis Miguel, Luis Miguel Correia, Manoel da Costa Espadrilha, Manoel da Costa Ribeiro, Manoel de Albuquerque, Manoel de Albuquerque e Aguilar, Manoel de Matos, Manoel de Mattos Dias, Manuel Dias, Manoel Dias de Carvalho, Manuel do Valle, Manuel Fróes, Manoel Gomes, Manoel Gomes de Carvalho, Manoel Gomes Neves, Manoel Gomes Nunes, Manuel Mendes, Manuel Nunes, Manuel Nunes da Paz, Manuel Nunes de Almeida, Manuel Nunes Sanches, Manoel Roiz Ribeiro, Marco Mendes, Maria Nunes, Miguel Nunes de Miranda, Os Ramirez, Padre Sebastião Roiz Benevides, Thomaz Rodrigues do Valle.

Em Paranapanema: Manoel Afonso, Miguel Joseph ou Joseph Miguel.

Em Pitangui: Antonio da Gamboa ou Antonio Pereira da Cunha, Antonio Rodrigues, Antonio Rodrigues Casado, Antonio Roiz Cardoso, Antonio Roiz Nogueira, Bernardo Campos Bicudo, Gaspar Henriques, João de Mattos, José Campos Bicudo, Michael da Cruz, Miguel da Silveira.

Em Ribeiro do Carmo (Mariana): Antonio de Almeida de Sá, Antonio de Sá, Antonio Ferreira Pacheco, Antonio José Gonçalves, Antonio José Ribeiro ou José Peixoto Sampaio, Antonio Lopes, Antonio Pacheco, Bento Ferraz, Daniel de Miranda, David de Miranda, Diogo Dias, Diogo Dias Fernandes, Diogo Fernandes, Diogo Fernandes Camacho, Diogo Ferreira Camacho, Diogo, Diogo Nunes Henriques, Diogo Roiz Fernandes, Diogo Roiz Sanches, Duarte Pereira, Feliciano da Fonseca, Fernando Gomes Nunes, Francisco da Fonseca, Francisco de Lucena Montarroio, Francisco Fernandes, Francisco Fernando Camacho, Francisco Ferreira, Francisco Ferreira Isidro, Francisco Nunes de Miranda, Francisco Pereira Chaves, Frutuoso Mendes, Henrique Froes, Ignácio Cardoso, João Antonio Roiz, João Carlos, João da Cruz de Miranda, João de Mattos Henriques, João de Moraes Montezinhos, João Lopes, Joao Nunes de Lara, João Ruiz de Mesquita, João Sanches Mayoral, José da Cruz, José da Cruz Henriques, José Henriques, José Miguel ou Miguel José, José Nunes, José Rodrigues Pinto, Joseph da Cruz, Joseph da Cruz Henriques, Joseph Nunes, Luis Mendes, Luiz Fróis, Luiz Henriques, Luiz Mendes de Sá, Luiz Vaz, Luiz Vaz de Oliveira, Manoel da Costa Espadrilha, Manoel de Mattos, Manoel Nunes, Manoel Nunes de Almeida, Manoel Pereira da Cunha, Maria de Miranda, Maria Henriques, Miguel da Cunha ou João Batista, Miguel Henriques, Violante Rodrigues Miranda.

Em Rio das Mortes: Agostinho José de Azevedo, Antonio do Vale, Antonio José de Azevedo, Antonio Machado Coelho, Antonio Pereira de Araújo, Bartolomeu Roiz, Bernardo Ferro, Diogo de Ávila, Francisco, Francisco Nunes de Miranda, Francisco Roiz, Garcia Rodrigues Paes, Izabel Bernar, João Nunes de Lara, João Nunes Vizeu, João Roiz, João Roiz da Costa, José Roiz de Oliveira, Luiz Antonio, Manoel Fróes de Lara, Manoel Furtado Oróbio, Marco Mendes, Marcos Mendes Sanches, Miguel Teles da Costa, Pedro Miranda, Sebastião Nunes Alves.

Em Sabará: Agostinho Joseph, Antonio Álvares Purga, Antonio da Silva, Antonio de Almeida Sá, Antonio Ferreira Pacheco, Antonio José Ribeiro ou José Peixoto Sampaio, Daniel de Miranda, David de Miranda, David Mendes da Silva, Diogo Dias, Diogo Dias Correia, Diogo Fernandes, Diogo Fernandes Camacho, Diogo Nunes Henriques, Diogo Roiz Sanches, Feliciano da Fonseca, Francisco de Lucena Montarroio, Francisco Ferreira, Francisco Ferreira Isidoro, Francisco Gomes Nunes, Frutuoso Mendes, Henrique Fróes, Ignácio Cardoso, João Antonio Roiz, João Carlos, João da Cruz, João da Cruz de Miranda, João de Matos, João de Matos Henriques, João Lopes, João Sanches Mayoral, José da Cruz, José da Cruz Henriques, José Henriques, José Miguel ou Miguel José, José Nunes, José Rodrigues Pinto, Joseph da Cruz, Joseph Nunes, Luiz Frois, Luiz Henriques, Luiz Mendes de Sá, Luiz Vaz, Manuel, Manuel da Costa Espadrilha, Manuel Nunes de Almeida, Miguel da Cunha, Miguel Henriques, Thomaz Brito Ferreira, Salvador da Costa.

Em São Caetano: Antonio Rodrigues.

Em São Jerônimo: Salvador Rodrigues de Faria.

Em Serro Frio: Antonio da Cunha, Antonio de Medanha Sotomaior, Antonio de Sá, Antonio de Sá de Almeida, Antonio Fernandes, Antonio Fernandes Pereira, Antonio Ribeiro Furtado, David Mendes, David Mendes da Silva, Diogo da Cunha, Feliciano da Fonseca, Fernando Gomes Nunes, Francisco da Costa Pereira, Francisco Fernandes Camacho, Francisco Ferreira, Gregório da Silva, Isabel de Moraes, João da Cunha, João Henriques, João Lopes de Mesquita, José Nunes, José Rodrigues, Luis, Luis Mendes de Sá, Manoel de Mello, Manoel de Moura Fogaça, Manoel Ferreira, Manoel Lopes Pereira, Manoel Pereira da Cunha, Manoel de Melo, Martinho da Cunha, Miguel da Cunha, Salvador Paes Barreto.

Em Sumidouro: Henrique de Fróis.

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O jaguncinho que Euclides da Cunha trouxe da Guerra de Canudos


Rodolpho José Del Guerra

No final do seu livro Os Sertões, em “Depoimento do autor”, Euclides veste-se de dor ao relatar o sofrimento das crianças: “ (...) Aos lados, desorientadamente, procurando os pais que ali estavam entre os bandos ou lá em baixo mortos, adolescentes franzinos, chorando, clamando, correndo. Os menores vinham às costas dos soldados agarrados às grenhas despenteadas há três meses (...) e ali estavam, agora, resolvendo desastradamente, canhestras amas-secas, o problema difícil de carregar uma criança. (...) Uma megera assustadora, ágil apesar da idade, (...) atraía a atenção geral. Tinha nos braços finos uma menina, neta, bisneta, tataraneta talvez. E essa criança horrorizava. A sua face esquerda fora arrancada, havia tempos, por um estilhaço de granada; de sorte que os ossos dos maxilares se destacavam alvíssimos entre os bordos vermelhos da ferida já cicatrizada... A face direita sorria. E era apavorante aquele riso incompleto (...)”.
“Euclides da Cunha, como correspondente de O Estado de S. Paulo, permaneceu na região por quase três semanas em 1897. Deixou Canudos na manhã de 3 de outubro, dois dias antes do fim da guerra, doente e acometido por acessos de febre. Levou consigo o menino jagunço que recebera como “presente” do general Artur Oscar, comandante da quarta e última expedição militar.” (trecho de “Pistas de um enigma”, de Vanessa Sattamini Varão Monteiro, de sua dissertação de mestrado na PUC do Rio de Janeiro, em 13-4-2007, publicado na “Revista de História”, da Biblioteca Nacional).Nós sempre soubemos dessa criança que Euclides trouxe de Canudos, sem nenhum relato biográfico. A historiadora Vanessa dispôs-se a enfrentar o árduo trabalho de pesquisa para responder a uma pergunta de José Calasans, lançada em 1980: “... qual teria sido, depois de 1908, o destino do jaguncinho que se fez professor primário em São Paulo? Quem, por outro lado, sabe de informações de jaguncinhos para nos fornecer?” Há dias, recebi um telefonema da senhora Maria Lúcia Prestes, residente em Bragança Paulista, da família de Ludgero Prestes, o “jaguncinho”. Conversamos muito. Sábado, 5 de abril, junto a uma carta, chegaram-me cópia da tese de mestrado de Vanessa Sattamini V. Monteiro e uma foto do “órfão de Canudos”. Fiquei surpreso que toda a velada história do menino tivesse vindo à luz, com detalhes.Como meu espaço no jornal é limitado, vou citar cronologicamente a história de Ludgero Prestes, transcrevendo pequenos trechos do trabalho de Vanessa.“... No decorrer da terceira expedição militar, cidadãos compadecidos da sorte dos sobreviventes de Canudos criaram em Salvador o Comitê Patriótico da Bahia, que atuou entre 1897 e 1901.”“Euclides da Cunha, como correspondente de O Estado de S. Paulo, permaneceu na região por quase três semanas em 1897. Deixou Canudos na manhã de 3 de outubro, dois dias antes do fim da guerra, doente e acometido por acessos de febre. Levou consigo o menino jagunço que recebera como “presente” do general Artur Oscar.”Na sua caderneta, em 22 de setembro de 1897, Euclides anotou: “Noto com tristeza que o jaguncinho que me foi doado pelo general (Artur Oscar) continua doente e talvez não resista à viagem para Monte Santo.” Transcrição de “Gazeta de Notícias” de outubro de 1897: “Chegou hoje pelo noturno o Dr. Euclydes da Cunha (...) Na Estação do Norte o Dr. Euclydes era esperado (...) Em companhia do Dr. Euclydes veio um jaguncinho de sete anos, que ficará sob a proteção do Sr. Gabriel Prestes, diretor da Escola Normal. O jaguncinho não tem pai nem mãe, é muito vivo e narra com precisão admirável todos os episódios sangrentos dos últimos combates (...).” “O garoto adotará o sobrenome do tutor e passará a chamar-se Ludgero Prestes.” Sobre Gabriel Prestes. o pai adotivo: “Era um importante educador paulista, diretor da Escola Caetano de Campos, com livro publicado”.Ludgero estudou na prestigiada “Caetano de Campos”. Formou-se professor primário em 1908. Em 3 de outubro de 1908, escreveu a Euclides da Cunha, recebendo a carta-resposta redigida quatro dias depois. Transcrevo-a:“Rio, 7 de outubro de 1908 Ludgero Prestes Recebi a tua prezada carta de 3 do corrente; li-a com surpresa indescritível, verdadeiramente encantado; e não poderei traduzir-te a minha comoção ao ver aparecer-me quase homem – e homem na mais digna significação da palavra – o pobre jaguncinho que me apareceu pela primeira vez há onze anos no final de uma batalha. Mas na mesma ocasião associei-te a recordação de um amigo a quem deves muito, mais do que a mim. O que fiz foi, na verdade muito pouco: — o trabalho material de livrar-te das mãos dos bárbaros e conduzir-te a São Paulo. A minha ação verdadeiramente útil foi confiar-te a Gabriel Prestes. A ele, sim, deves tua maior e até incalculável gratidão. Quero que me estendas sempre a tua mão de amigo – mas a Gabriel Prestes deves devotar, incondicionalmente, todo o teu coração. Ao lado da tua fotografia veio a tua carta e nesta vi refletir-se um espírito capaz de grande desenvolvimento. O modesto professor complementar de agora – iniciado, como foi, na vida, por um mestre daquele porte, há de subir mais alto. / Mas ainda que isso não aconteça, a tua posição atual, já é um triunfo. Continua, portanto, na trilha que te apontou um dos mais belos caracteres que eu conheço; e sempre que puderes manda notícias tuas a quem também se preza em ser teu amigo muito afetuoso. Euclides da Cunha. P.S. – Moro na rua Humaitá 61, e não preciso dizer-te que ali tens, francamente aberta, uma casa, tão hospitaleira quanto a minha rude barraca de Canudos. / Minhas saudades a Gabriel Prestes.Euclides”Ludgero Prestes (o jaguncinho) foi professor adjunto do Grupo Escolar de Serra Negra, onde se casou com Beatriz da Cunha Lima. Na certidão de casamento consta ter 21 anos, ser filho de João Luiz e Maria Luiz e ter nascido em Canudos-BA.Em 7 de abril de 1913, foi nomeado diretor interino do Grupo Escolar de Bebedouro, fundado naquele ano.Lecionou em Amparo, onde faleceu, em 13 de outubro de 1934, aos 43 anos, deixando quatro filhos. Em nome dos rio-pardenses, parabenizo a historiadora Vanessa Sattamini V. Monteiro e agradeço a Sra. Maria Lúcia Prestes, que vê minha cidade como um templo preservador do Euclidianismo. 7-4-2008.

À direita, procurando proteção dos soldados da Guerra de Canudos, os jaguncinhos órfãos.

Ludgero Prestes, o “Jaguncinho” trazido a São Paulo por Euclides da Cunha, foi professor e diretor de escolas. Essa é a mesma foto enviada a Euclides, em 1908.

Registos Paroquiais em Portugal


Caros Confrades,

O Tiago Faro Pedroso acaba de tornar disponível o site:
http://etombo.com/

Este projecto é uma extensão do gosto pela Genealogia para o mundo dos sistemas de informação, que lhe ocupa na vida activa. Assim pretendeu criar um tombo que pudesse auxiliar o acesso aos fundos que já se encontram disponíveis na Internet em formato digital. Trata-se de algo muito elementar, o tempo dirá se há margem para evoluir em outras
direcções.
Claro que se está aqui a "VER" o futuro da genealogia, que já começa a funcionar
Parabéns ao Tiago!

Cumprimentos

José António Reis



Evento da comunidade polonesa: 20/04/2008 - Baile Polonês em Dom Feliciano

 
 

A banda Coração Nativo informa e convida os amigos e fãs para os próximos eventos, em especial o que acontece dia 20 de abril, véspera de feriado, em Dom Feliciano/RS.

 

A Banda Coração Nativo Polscy Muzykanci animará, pela primeira vez naquela cidade,  um "Baile Polonês" e que faz parte das comemorações do aniversário da Rádio Integração.   A cidade de Dom Feliciano é conhecida pelo grande número descendentes poloneses no estado do Rio Grande do Sul e a festa é tradicional na região. A Organização espera receber mais de 2500 pessoas. 

 

Nós do CN estamos felizes por participar desse evento e pelo reconhecimento que recebemos. É motivo de satisfação levar a música tradicional polaca, bandeira que com orgulho levantamos, cada vez mais longe.

Contamos com a sua presença!

 

Banda Coração Nativo Polscy Muzykanci – Nós cantamos a Polônia!


CEKAW - Centro de Estudos Polono-Brasileiros Karol Wojtyla - www.cekaw.org


Posted by:
Lucimary Vargas
Além Paraíba-MG-Brasil
observatorio.monoceros@gmail.com

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