Blog do Ale' Italia |
- Colonia Alessandra, imigração italiana no Paraná
- Quatro terremotos sacodem sede do G8 durante madrugada e manhã de hoje
- Presidente italiano lembra ao chinês sobre direitos humanos
- Caso Battisti será julgado em agosto
- As fronteiras políticas da ópera
- E, no entanto, se move
- O biquíni
- Polícia italiana reprime manifestantes
- G8 all'Aquila
- Immigrati
Colonia Alessandra, imigração italiana no Paraná Posted: 06 Jul 2009 04:02 AM PDT A Colônia Alessandra, ou Alexandra, também conhecida pelos imigrantes italianos como "O Purgatório", foi fundada em 10 de Fevereiro de 1872, localizada a aproximadamente 14 km de Paranaguá, cidade litorânea e porto de mar do Estado do Paraná.O clima muito quente e úmido predominante naquela zona, propiciava o aparecimento de inúmeras doenças tropicais causadas por insetos, as quais muito breve foram motivo de irritação e descontentamento entre os imigrantes com muito sofrimento e mortes.As desventuras dessa colônia, que chegou a ter um grande número de imigrantes, começaram muito antes da sua fundação, já na escolha do local a ela destinado.O homem de negócios Savino Tripoti, natural de Teramo, província de Abbruzzo, fugindo da justiça italiana, veio se refugiar na América, primeiramente na Argentina por volta de 1864, foi posteriormente absolvido das acusação que lhe pesavam. Na Argentina, ainda antes de 1870, adquiriu experiência com projetos de colonização tendo chegado a assumir o cargo de diretor a Colônia Emilia, província de Santa Fé e na Colônia Ausonia, esta na província do Chaco. Em 07 de Junho de 1871 este empresário assinou contrato com o governo imperial brasileiro que previa a chegada de 2.500 imigrantes nos próximos 6 anos.Tripoti, como tantos outros empresários daquela época que se dedicavam a ganhar rapidamente dinheiro com projetos de colonização, equiparavam os agricultores imigrantes com qualquer outro tipo de mercadoria e pouco distinguiam as necessidades dos homens com aquelas dos animais. Muito sofrimento, desespero e vidas perdidas durante este processo de colonização mal conduzido.Também o governo imperial brasileiro teve a sua parcela de culpa, na medida que pouco exigia na escolha dos seus contratados, mergulhado em uma burocracia que tornava ineficaz a vigilância do trabalho desses empresários. A Colônia Alessandra durou até meados de 1877, quando após uma série de acontecimentos trágicos, que se sucederam em rítmo contínuo, apressaram a sua extinção. Fonte:Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta Arquivos da La Piave FAINORS Federação Vêneta Postado por La Piave FAINORS Federação Vêneta http://immigrazioneveneta.blogspot.com/ |
Quatro terremotos sacodem sede do G8 durante madrugada e manhã de hoje Posted: 06 Jul 2009 03:56 AM PDT Roma, 6 jul (EFE).- Quatro novos terremotos, um de uma magnitude de 3 graus na escala Richter, castigaram esta madrugada e esta manhã a cidade italiana de Aquila, a sede da cúpula do Grupo dos Oito (G8, sete países mais industrializados e a Rússia) que será realizada entre quarta-feira e sexta-feira, segundo dados do Instituto Nacional de Vulcanologia.O jornal "Corriere della Sera" informou hoje que a organização italiana da cúpula do G8 prevê que se durante a reunião acontecer um tremor superior aos 4 graus a reunião será transferida para Roma. L'Aquila trema, quattro nuove scosse Fiaccolata notturna: vogliamo verità Corriere della Sera - clique para ler a notícia |
Presidente italiano lembra ao chinês sobre direitos humanos Posted: 06 Jul 2009 03:53 AM PDT Roma, 6 jul (EFE).- O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, lembrou hoje ao presidente da China, Hu Jintao, que o desenvolvimento econômico impõe "novas exigências" no campo dos direitos humanos, horas depois de explodir os protestos na província ocidental chinesa de Xinjiang.Napolitano acrescentou, durante a reunião com Hu, que foi recebido na Itália com honras militares, que a Itália vê esta questão "com o máximo respeito" à "integridade e autonomia da China, e suas instituições representativas". |
Caso Battisti será julgado em agosto Posted: 05 Jul 2009 08:20 AM PDT O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará provavelmente em agosto o processo sobre Cesare Battisti, militante da extrema-esquerda condenado na Itália por assassinato, segundo publicou o jornal O Estado de São Paulo. Battisti fez parte da organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) nos anos 70 e em março de 2007 foi preso no Rio de Janeiro. A Itália solicitou a sua extradição, mas o governo brasileiro concedeu-lhe este ano o status de refugiado, o que originou uma crise diplomática entre Brasília e Roma. O STF analisará o pedido de extradição depois do recesso judicial de julho, reportou o Estadão no dia 2. "No segundo semestre os ministros terão uma lista extensa de assuntos importantes, a começar pela denúncia contra ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e a extradição de Battisti", publicou o citado jornal brasileiro. O ex-militante italiano aguarda a decisão judicial na prisão de Papuda, perto de Brasília. Da Ansa |
As fronteiras políticas da ópera Posted: 05 Jul 2009 08:11 AM PDT Teatro de Veneza Fotógrafo alemão expõe no MAM painel com 150 imagens feitas em teatros italianos . Mesmo que nenhuma montagem esteja em cartaz ou que os ingressos tenham se esgotado, teatros de ópera são sempre belas construções históricas em qualquer lugar do mundo e invariavelmente um ponto de atração de visitantes. Ainda mais em cidades que serviram de palco para o desenvolvimento do gênero musical. Na Itália, apesar de toda a diversidade cultural que há entre o espaço entre os Alpes e a Sicília, essas casas obedecem a um estilo arquitetônico homogêneo – e que serviu de modelo para outros exemplares mundo afora. Chega a impressionar, ainda mais quando imagens dos teatros são dispostas lado a lado, como na exposição Fratelli d'Itália, do fotógrafo alemão Matthias Schaller, especialista em registros de arquitetura. A mostra, em cartaz até agosto no Museu de Arte Moderna, exibe 150 fotos em grandes dimensões, que juntas formando um imenso painel. – Eu uso teatros como uma maneira metafórica de fazer um retrato da Itália do ponto de vista histórico e contemporâneo. A arquitetura, neste caso, representa mais que uma uma ideia de conexão com uma real diversidade de paisagens regionais do país – diz Schaller. Trabalhos em favelas brasileiras A exposição foi exibida no ano passado, em Veneza, paralela à Bienal de Arquitetura, onde a abordagem de Schaller foi considerada surpreendente. A construção em profusão de casas de ópera corre em paralelo com a unificação italiana, em 1861. Não por acaso. O teatro foi usado como instrumento político para reforçar esta unificação, principalmente em lugares onde houve resistência à medida. – Unificação política de um país é uma ficção, é como uma ópera no teatro – pontua o fotógrafo – Quando decidi batizar a exposição de Fratelli d'Italia, o nome do discutido hino nacional, tinha a intenção de chamar a atenção tanto para a Itália contemporânea como uma referência iconográfica. O fotógrafo teve como inspiração a jornada italiana de Goethe, de Trento a Agrigento (para estudar a Antiguidade e o Renascimento, no século 18), e chamou para si a responsabilidade de quebrar alguns estereótipos sobre a Itália, sobretudo do pronto de vista alemão, a partir da documentação de uma característica bem específica do país. As imagens foram feitas em viagens realizadas entre 2005 e 2008. – Com a instalação no monumental sala do Museu de Arte quero mostrar uma unidade forte, por isso fotografei sempre do mesmo ponto de vista. O resultado é exatamente o que quero discutir, o retrato de um país que é a construção a partir de uma ficção em si. Ou seja, esta parede deve discutir uma ideia política. A referência visual de Schaller, 44 anos, que fez exposições individuais em importantes centros culturais da Europa, vem da escola alemã, em particular de renomados fotógrafos de seu país, como Karl Blossfeldt e Bern Becher, ícones de outras gerações. O artista, que se divide entre Veneza e Nova York, esteve no Brasil fotografando favelas, em 2004, e dois anos depois em um trabalho com Oscar Niemeyer. – Meu trabalho quer criar uma classificação sociológica em torno de um mundo "fratelli", ou seja, de irmãos, unidos – detalha Schaller. – Quando o assunto é a sociedade italiana, sempre me pareceu muito natural falar sobre imigração. Esta é a razão pelo qual eu eventualmente poderia ter fotografado, por exemplo, o Teatro Amazonas, em Manaus, onde um italiano foi responsável pela decoração do teto. Monique Cardoso Italia Oggi |
Posted: 05 Jul 2009 07:58 AM PDT Retrato do astrônomo Galileu Galilei, condenado pela Igreja Católica por defender a ideia de que a Terra gira em torno do Sol NOS 400 ANOS DAS OBSERVAÇÕES DE GALILEU, QUE INAUGURARAM A CIÊNCIA MODERNA E SEU CONFLITO COM A IGREJA, PADRE PREMIADO POR UNIÃO ASTRONÔMICA DIZ QUE RELAÇÃO ENTRE ESSAS ÁREAS EVOLUI, MAS LENTAMENTE No quarto centenário das observações lunares de Galileu Galilei (1564-1642), o padre americano George Coyne, 76, conseguiu um feito memorável para um líder religioso: receber uma condecoração de uma associação científica. Tendo dirigido o Observatório do Vaticano por 28 anos, o matemático jesuíta com doutorado em astronomia foi julgado digno de receber o prêmio Van Biesbroeck, da AAS (Associação Americana de Astronomia), concedido àqueles que prestam "generosos serviços de longo prazo" à comunidade acadêmica de astrônomos. Além de ter criado um curso de verão que introduziu centenas de estudantes jovens na carreira de astronomia, Coyne foi o pesquisador que colocou o observatório numa condição de fazer pesquisa de ponta. Por meio de um convênio com a Universidade do Arizona, onde Coyne leciona, a instituição religiosa construiu um telescópio de primeira linha. Donna Wiestrop, astrônoma da AAS que coordena o prêmio Van Biesbroeck, diz que aparentemente esta é a primeira vez que a maior associação de astronomia do mundo premia um padre. Os "serviços prestados" por Coyne, porém, vão além de sua área de pesquisa. Ele escreveu livros e deu grande contribuição ao diálogo entre religião e ciência. Coyne também se meteu em controvérsias por defender a teoria da evolução de Darwin como a melhor explicação científica para a origem do Universo e dos sistemas vivos. Tal defesa colocou-o em choque contra um cardeal, ex-aluno do papa Bento 16, que advogava o design inteligente. Segundo a imprensa britânica, isso lhe custou o posto no observatório, em 2006. Coyne nega. Em entrevista à Folha por telefone de seu escritório em Tucson (EUA), ele explica como acredita que essa relação conturbada pode amadurecer. FOLHA - Neste ano a ciência tal qual desenvolvida por Galileu completa quatro séculos. Em sua época, o cientista teve entreveros com a Igreja Católica, e isso parece estar acontecendo ainda hoje, nas igrejas cristãs de um modo geral. Alguma coisa amadureceu nesses 400 anos na relação entre ciência e religião, ou ela continua a mesma? GEORGE COYNE - Há muito que pode ser dito sobre o período de Galileu até hoje. Durante esses 400 anos, muitas coisas mudaram na ciência e na igreja. Na época de Galileu, a ciência moderna, tal qual a conhecemos, ainda estava nascendo. Galileu foi um dos pioneiros, com Descartes, Kepler e depois Newton. Partamos desse princípio.O que aconteceu em 400 anos ou mais foi que a ciência cresceu para se tornar um método muito bem definido de explorar o Universo. Mas é um método muito limitado. Ele busca causas naturais para eventos naturais, e ele foi muito bem sucedido em fazê-lo.Veja a cosmologia do Big Bang, que é a melhor explicação para todas as observações que já fizemos durante esses 400 anos sobre o Universo. É a melhor explicação científica. Talvez amanhã ela sofra aprimoramentos. É assim que a ciência caminha. Além da cosmologia do Big Bang eu mencionaria a evolução neodarwinsta. É a melhor explicação que temos - se a estendermos para o Universo todo- para todos os processos físicos e biológicos. Ela se aplica diretamente a sistemas vivos, mas vamos estendê-la para o Universo e tudo o que há nele, incluindo nós mesmos. Esses são apenas dois exemplos, entre muitos, mas acho que a maioria das pessoas concordaria que essas são duas das realizações mais significativas da ciência, desde o tempo de Galileu até hoje. Ainda assim, às vezes elas se encontram em grandes controvérsias. A razão pela qual isso ocorre é porque alguns cientistas pisam fora dos limites da ciência. A ciência, como tal, não pode provar a existência de Deus nem prová-la falsa usando sua própria metodologia. Repito: ela se limita a procurar explicações naturais para eventos naturais. E se existe um Deus -a natureza própria de um Deus-, isso está além da natureza. FOLHA - A Igreja Católica só pediu perdão a Galileu no ano 2000, mas o Observatório do Vaticano é uma instituição bem mais antiga e já tinha começado a fazer astronomia com seriedade antes disso. Quando exatamente as autoridades católicas começaram a mudar de ideia com relação a Galileu? COYNE - Não existe uma data precisa. A igreja é como um ser vivo, que cresce e muda com o tempo, assim como qualquer outra instituição. E a mudança foi principalmente em duas áreas: a compreensão das escrituras pela igreja e a compreensão da ciência pela igreja.Não sou historiador, mas sei que o entendimento da ciência pela igreja só veio a ocorrer do século 18 para o meio do século 19, quando a igreja finalmente removeu todos os livros relacionados ao copernicanismo do Index. Isso foi por volta de 1845. Até um século antes, houve muitas tentativas de correção por parte da igreja, removendo os livros de Copérnico do Index, mas isso nunca tinha sido feito de maneira completa.A igreja levou tempo para se acomodar às mudanças. Você poderia perguntar quando surgiu a prova do copernicanismo. Mas o que é uma prova em ciência? Acho que você aceitaria como prova a descoberta da paralaxe e a descoberta da aberração da luz.A paralaxe era explicada da melhor forma pela Terra dando voltas ao redor do Sol. E a aberração é explicada da melhor forma pela Terra circundando o Sol e girando em seu próprio eixo. A aberração da luz da luz das estrelas foi descoberta lá pelo meio do século 17, e a paralaxe, por volta de 1830.Então, o entendimento da ciência por parte igreja cresceu, assim como a própria ciência cresceu, mas de modo lento. E, quando apareceu o darwinismo, a igreja novamente hesitou. Isso é por causa da compreensão da ciência. Ainda hoje a igreja está elaborando sua compreensão da ciência. O que a ciência faz? Ela não faz tudo. Ela é uma ferramenta muito limitada, mas muito poderosa. FOLHA - E o que isso tem a ver com a compreensão das escrituras pela Igreja Católica? COYNE - Um dos grandes problemas na época de Galileu é que a igreja disse que o copernicanismo era claramente contraditório com as escrituras, que em muitos trechos afirmam ou implicam que o Sol esteja se movendo. Mesmo hoje dizemos "o Sol se levanta" e "o Sol se põe". É modo de falar, mas a igreja encarava isso como se a escritura estivesse ensinando ciência. A igreja, depois de quatro séculos, se deu conta de que isso está errado.Uma grande realização dentro da igreja foi a encíclica "Providentissimus Deus", de Leão 13, que começou a ensinar aquilo que a igreja defende hoje: você deve interpretar as escrituras de acordo com a técnica literária. Você não pode interpretá-las literalmente. E além disso: não há nenhuma ciência nas escrituras. As escrituras começaram a ser compostas por volta de 5.000 a.C., com o patriarca Abraão, até cerca de 200 d.C., mais ou menos. A ciência moderna começou a existir entre os séculos 16 e 17. Como poderia haver alguma ciência nas escrituras? Há uma separação de pelo menos 1.500 anos entre a redação final das escrituras e a ciência moderna. Então, não há nenhuma ciência nas escrituras. Zero. E qualquer um que quiser usar as escrituras de modo científico incorrerá em erros. FOLHA - Pouca gente esperava que o Vaticano fosse se desculpar pelo episódio de Galileu, muito menos quatro séculos depois, em 2000, com João Paulo 2º. Por que isso foi decidido naquele momento? COYNE - Ele sabia que seria um gesto importante. E a razão disso data de muito antes. Antes de ele se tornar papa, quando era cardeal-arcebispo de Cracóvia, ele costumava promover encontros de cientistas, filósofos e teólogos. Ele tinha entusiasmo pelo diálogo entre a cultura científica e a religiosa.Quando ele se tornou papa, ele se deu conta de que o caso de Galileu, nas palavras dele próprio, ainda era um mito. O mito de que, por causa da controvérsia com Galileu, havia um conflito intrínseco entre a crença religiosa e a ciência. E ele queria acabar com isso. Então, uma das coisas que fez, em um dos primeiros anos de seu papado, foi indicar que ele queria estabelecer uma comissão para tratar disso. Ele foi muito dedicado em estabelecer um diálogo entre a igreja e a ciência e se livrar de coisas negativas do passado. Uma das principais, claro, era Galileu. FOLHA - A controvérsia envolvendo o darwinismo é em grande parte restrita a países com grande contingente protestante, mas não se ouve falar muito da posição do Vaticano. COYNE - Não há documento oficial. Não uma declaração oficial a respeito de evolução e design inteligente. É isso, ponto. Há alguns integrantes da igreja que estão discutindo o assunto. Alguns estão discutindo de maneira inteligente, outros não, porque não entendem o que a ciência é nem o que a evolução representa como explicação científica. João Paulo 2º, em uma mensagem para a Pontifícia Academia de Ciências, disse que a evolução "não é mais uma mera hipótese". Disse que a paleontologia, a geologia, a biologia, a química e a cosmologia, todas convergem no sentido de que a evolução é a melhor teoria científica que temos hoje. O papa Bento 16 ainda não deu declarações de alta importância sobre isso. FOLHA - Quando o sr. deixou a direção do Observatório do Vaticano em 2006, depois de 28 anos de trabalho, alguns jornais disseram que o papa Bento 16 teria lhe pedido a renúncia por causa de suas críticas ao design inteligente. Isso é verdade? COYNE - Não, absolutamente. E não digo isso para me defender, mas para defender a verdade. Eu já tinha pedido renúncia voluntariamente por quatro vezes durante minha gestão. Apesar de amar meu emprego, eu francamente acho que a direção de uma instituição científica precisa sempre de sangue novo. Quando eu completei oito anos na direção, pedi demissão, quando completei 16 anos, pedi de novo, e depois de 24, mais uma vez. Quando pedi após 28 anos na diretoria, eles finalmente a aceitaram.Fora isso, o papa Bento nunca falou da evolução de maneira negativa e nunca apoiou ou rejeitou o design inteligente. Depende de o que você considera design inteligente. Se você considera que é uma explicação científica, está errado. Não é. Para começar, não conseguimos detectar inteligência pelo método científico. Não conseguimos encontrar o design inteligente na ciência.Agora, a fé pode me ensinar que tudo isso foi projetado de maneira inteligente, e eu acredito nisso, mas não consigo descobrir isso como cientista.E uma coisa não está em contradição com a outra. Na verdade, se eu acreditar em Deus, o Universo em evolução me diz um bocado sobre Deus como criador inteligente. Ele criou um Universo que não é uma máquina de lavar, nem um carro, nem um relógio. Ele criou um Universo que tem um dinamismo e uma criatividade próprios. É um "se" importante. FOLHA - Como foi sua carreira? Por que o sr. veio a se interessar tanto por ciência quanto por religião? COYNE - Eu entrei para o seminário como jesuíta aos 18 anos, em 1951. Fiz meus estudos espirituais, meu noviciado, onde estudei história antiga e literaturas latina e grega por dois anos. Também estudei filosofia por três anos, e durante esse tempo conclui minha graduação em matemática. No fim desse período, ainda como seminarista, fui enviado para um doutorado em astronomia e astrofísica. Quando terminei, depois de cinco anos, fui estudar teologia. Depois fui ordenado padre. E, então, comecei minha carreira pesquisando astronomia na Universidade do Arizona. Tudo foi meio emaranhado, e sou feliz com isso.Não vejo nenhum conflito na minha vida em ser padre e cientista. Acho que ambos complementam um ao outro. Não sou um cérebro ambulante. Sou uma pessoa. E, como todas as pessoas tenho experiências em minha vida: experiências de fé, experiências de amizade... todos nós temos essas emoções.Temos partes das nossas vidas que tentamos integrar. Isso é o que torna a vida interessante. FOLHA - O fato de ser jesuíta o influenciou, já que a Companhia de Jesus tem uma tradição em se relacionar com a Academia? COYNE - Sim. É uma longa tradição. Após 30 anos da fundação da Companhia de Jesus, em 1540, nós tínhamos um grupo renomado de matemáticos e astrônomos no Colégio Romano, e alguns deles foram contemporâneos de Galileu. Foram os precursores do observatório, e trabalharam para a reforma do calendário. Esses jesuítas foram os primeiros a corroborar as observações telescópicas de Galileu, que foram, claro, o começo da ciência moderna. Nós [jesuítas] realmente temos uma longa tradição de cientistas, mas ela não é exclusiva. Mendel, o pai da genética, era um agostiniano. FOLHA - O sr. já enfrentou algum tipo de preconceito no meio científico por ser padre? COYNE - Nunca. E trabalhei durante toda a minha carreira como cientista na universidade estadual, que não era um seminário nem uma universidade de afiliação religiosa. Sempre fui muito bem recebido lá, colaborei com pessoas lá em minha pesquisa. Colaborei com pessoas na Finlândia e até no Brasil, na Universidade de São Paulo. Faz tempo que não vou para aí, mas em algumas vezes passei vários meses em São Paulo e no Rio. "Falo um pouco de português brasileiro [falando em português]." FOLHA - O sr. pretende vir ao Rio neste ano para o encontro da União Astronômica Internacional? COYNE - Eu espero conseguir ir. Tenho alguns problemas para resolver, mas acho que conseguirei fazer isso a tempo. FOLHA - O sr. foi premiado pela AAS, em grande parte por conta dos cursos de verão no Vaticano. O que era esse programa? COYNE - Antes de começarmos as escolas de verão, éramos apenas um instituto de pesquisa. Alguns de nós ensinávamos -como eu, no Arizona-, mas isso era pessoal. Não tinha nada a ver com o Observatório do Vaticano. E nós colaborávamos com astrônomos ao redor do mundo. Nós nunca conseguíamos nos relacionar com astrônomos jovens, estudantes. Mas também não podíamos transformar o observatório em um instituição de ensino.Então, resolvemos criar esse tipo especial de evento, uma escola de verão de um mês em astrofísica, para o qual convidaríamos astrônomos jovens de todo o mundo. Tivemos apoio de nossos superiores no Vaticano para isso, em particular do papa João Paulo 2º, e o projeto deu certo. Chegamos a 11 edições, para onde levamos ao todo 275 jovens do mundo todo, de 22 países, sendo 62% de países em desenvolvimento. As mulheres eram 48%. FOLHA - O que o sr. tem pesquisado ultimamente? COYNE - Eu não tenho sido muito ativo em pesquisa agora porque tenho um trabalho em tempo integral, que é levantar fundos para financiar o nosso telescópio. Mas, quando vim para o Arizona, eu trabalhei com raios e partículas interestelares. Eu trabalhei por muitos anos em estudos de polarização, em meio interestelar, em estrelas com atmosferas estendidas e até em alguns tipos de galáxias. Os estudos de polarização nos ajudam a entender a geometria dos sistemas. FOLHA - O telescópio com o qual o sr. trabalha foi uma iniciativa do Observatório do Vaticano, não? COYNE - Sim. Nos foi oferecida a opção de nos unirmos à Universidade do Arizona quando ela estava começando a trabalhar em uma nova tecnologia de espelhos de telescópios. O primeiro espelho que eles produziram foi o do nosso. Colaboramos no desenvolvimento dessa tecnologia, e nosso telescópio foi o tubo de ensaio dela. E deu tão certo que agora temos como vizinho o maior telescópio do mundo usando essa tecnologia com dois espelhos de oito metros de diâmetro. Rafael Garcia, da reportagem local Italia Oggi |
Posted: 05 Jul 2009 07:44 AM PDT O biquíni (ou bikini) é um maiô de duas peças de tamanho reduzido, que cobrem o busto e a parte inferior do tronco. Seu nome se deriva do atol de Bikini, um atol do Pacífico onde se deu, em 5 de julho de 1946, um explosão atômica experimental. Assim, pretendia-se propor que a mulher de biquíni provocava, na época, o efeito de uma "bomba atômica". Na França, o termo é marca registrada. A criação do biquini é disputada por dois estilistas franceses: primeiro, Jacques Heim apresentou o "átomo" como "o menor maiô do mundo"; em seguida, Louis Réard mostrou o "bikini, menor que o menor maiô do mundo" e ficou com a fama do criador da peça. Mas no início mulheres não estavam preparadas para usar peças de vestuário tão reduzidas, que mostravam o umbigo e foi proibido em vários países incluindo Portugal. No entanto actrizes como Ava Gardner, Ursula Andress e Brigitte Bardot foram contra todos os preconceitos da época aderindo ao biquíni, como instrumento de sedução em filmes e em fotos. Nos anos 60 biquíni atingiu o auge de popularidade. Era muitas vezes usado como adorno em filmes e músicas, e como contestação política e social. Tornou-se um símbolo pop. No Rio de Janeiro tornaram-se populares os famosos biquínis "fio dental". Nos anos 90 a moda do fato de banho foi reavivada (especialmente por causa dos efeitos nocivos provocados na pele pela exposição aos raios solares), mas não tirou o lugar ao biquíni. Curiosidades Os mais antigos precursores dos biquínis de que se tem notícia foram mostrados num mosaico romano do século IV em que várias mulheres, de saiote e bustiê exíguos, praticam esportes. A atriz americana Jayne Mansfield foi a pioneira em usar um modelo cuja peça inferior avançava um pequeno centímetro até mostrar o umbigo, motivo de escândalo em Hollywood, no início da década de 60. Num verão ao final dos anos 70, apareceu o biquíni de crochê, que ficava todo torto quando molhava. Para segurar no lugar, as mulheres enrolavam a lateral. Assim nascia, por acaso, a tanga. Em alguns países Americanos e em vários Europeus assim como no Ocidente, é moda e muito comum assim como as mulheres, os homens usar sunga cavada do tipo tanga (fio-dental) nas praias, contrapondo com o preconceito e o contraste cultural ainda existente no Brasil. Wikipédia |
Polícia italiana reprime manifestantes Posted: 05 Jul 2009 07:38 AM PDT Confrontos violentos entre a polícia e manifestantes anti-globalização marcaram este sábado, a cidade italiana de Vicenza. Só o cenário mudou. Tudo se repete, sempre que se aproxima qualquer cimeira das oito nações mais industrializadas do mundo. Aos protestos do costume, os manifestantes juntaram mais um, contra a base americana de Dal Molin, povoação italiana que já rejeitou, em referendo, a presença militar americana. Os manifestantes acham que a polícia aproveitou a jornada para fazer uma desmonstração de força que desencorage, novas concentrações, como disse um dos organizadores: "A polícia quis fazer uma demonstração de força. O comando da polícia garantiu que a a sua força só estava interessada em defender uma determinada zona e que nós teriamos liberdade para nos expressarmos. Mas não foi isso que aconteceu hoje". Outro manifestante recorda a tradição pacífica de Vicenza: "Aqui, em Vicenza sempre houve manifestações, ao longo de anos e anos e sempre pacíficas. Nunca aconteceu nada" Os manifestantes apelaram a Barack Obama, pedindo-lhe paz e menos militariazação. Para os próximos dias, estão convocadas manifestações para várias cidades de Itália, pelo que se teme uma generalização de confrontos como este que provocou um número indeterminado de feridos. Do outro lado dos protestos estão, naturalmente, os 1200 italianos que trabalham na base americana. Euronews.pt |
Posted: 05 Jul 2009 07:35 AM PDT |
Posted: 05 Jul 2009 07:29 AM PDT |