terça-feira, 14 de julho de 2009

Contagem Regressiva 2 - Centenário da Colônia Constança

 

CONTAGEM REGRESSIVA

Boletim sobre o Centenário da Colônia Agrícola da Constança
Número 2

14 de julho de 2009

 

A criação do blog (http://coloniaconstansa.blogspot.com) em abril de 2007, teve por objetivo abrir um canal de comunicação mais rápida com quantos se interessassem pelo estudo da imigração em Leopoldina. Embora exista no site uma seção (http://www.cantoni.pro.br/colonia/constansa.htm) destinada a publicar nossos textos sobre a Colônia Agrícola da Constança, apenas uma parte da pesquisa vem sendo adaptada para a coluna que mantemos no jornal Leopoldinense. Outros aspectos ficam apenas em nossos arquivos e precisamos consultá-los, com frequência, para atender consultas dos leitores. Publicar estas respostas no blog foi uma decisão que vem se mostrando bastante interessante.

 

Continuamos convidando os moradores de Leopoldina a comemorarem o Centenário da Colônia Agrícola da Constança. Que cada um realize o que julgar adequado para marcar a data! De nossa parte, fica a certeza de que estudar a vida daqueles imigrantes nos fez sentir a necessidade de reverenciá-los. E optamos por fazê-lo publicando os escritos que produzimos durante estes 15 anos de pesquisas.

 

A organização da Colônia Agrícola da Constança contou com a mão de obra de imigrantes que já viviam na cidade desde o final do século XIX. Eles trabalharam na prepação dos lotes, construção de casas e preparo da terra. Nem todos, porém, permaneceram no núcleo.

Leia matéria.

 

Na primeira série de textos publicada entre 1999 e 2001, foram incluídas algumas listas de imigrantes contratados para trabalhar em Leopoldina.

Leia matéria.

 

Análise do primeiro Relatório da Diretoria da Agricultura, Terras e Colonização, de 1909, da Colônia Agrícola da Constança.

Leia matéria.

 

O sentimento de nacionalidade entre os italianos nasceu da consciência, já no estrangeiro, de que procediam de um mesmo país.

Leia

 

 

Contagem Regressiva é um informativo sobre a Colônia Agrícola da Constança, da cidade de Leopoldina, MG. Trará destaques sobre o projeto de resgate de sua história e notícias do movimento para comemorar o Centenário em abril de 2010.

 

 


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Um ambientalista da literatura

Posted: 14 Jul 2009 03:19 AM PDT

Ítalo Calvino

Como crítico, Ítalo Calvino é um ambientalista (se me permitem a metáfora) da literatura. Especializa-se no desenho, como disse na "Apresentação", das "linhas gerais" do jardim da arte, para que a água dos lagos não se deixe poluir pelo marketing, o consumismo e as adoções escolares. Por outro lado, desentranha do passado recente (em particular da grande literatura do século 19) a planta baixa da "cultura" literária, para que os andares ainda a construir da literatura não levem o combalido prédio da tradição a se esboroar, como se fosse edifício sob a responsabilidade de Sérgio Naya. Numa época em que, para o simples agrado das rentáveis amenidades dos meios de comunicação de massa, se desmata criminosamente a literatura, Calvino é uma Marina da Silva.

Aliás, Calvino não camufla a fúria quando depara com ficcionistas que tentam copiar as facécias popularescas da arte cinematográfica. No ensaio "Diálogo entre dois escritores em crise", reflexão dialógica sobre os impasses da ficção hoje, Calvino não titubeia: "Onde passa o cinema não pode crescer mais um único fio de grama. Muitos escritores ainda teimam em escrever romances concorrendo com os filmes e só conseguem alcançar resultados poeticamente pífios". Se em termos vanguardistas não esposa o "marco zero" dos futuristas, em matéria de estética ficcional é claramente a favor de terrenos férteis e improdutivos, à espera do cultivo laborioso: "O romance é uma planta que não cresce em território já explorado, precisa de terra virgem onde deitar suas raízes". O cavalo de Átila do cinema contra os sem-terra (MST) do romance.

Nessa linha de atuação crítica, o tripé que sustenta os ensaios de Assunto encerrado são o indivíduo, a natureza e a história (nessa ordem). Ao analisar os protagonistas dos romances de Leon Tolstoi, afirmará que é "na relação entre esses três elementos que consiste aquilo a que podemos chamar de épica moderna". Os três elementos permanecem firmes e resistentes no pós-guerra, mesmo frente ao cataclismo que representou a entrada em cena da école du regard, liderada por Michel Butor e Alain Robbe-Grillet. Foi, portanto, a leitura do romance Guerra e paz que fundamentou e serviu a Calvino para melhor explicitar o modo como o fio condutor tripartido – indivíduo, natureza e história ordenou sua genealogia crítico-literária: "Há um homem com sua consciência de si, da finitude de sua vida, há a natureza, como um símbolo de vida ultraindividual que houve e haverá depois de nós, há a história, seu fluir, sua busca por um sentido, seu entretecer-se de nossas vidas individuais, das quais passa a fazer parte o tempo todo".

O encanto por personagens
Estudantes habituados à lição poderosa dos grandes críticos literários, que se abalizam pelo conhecimento das teorias sociológicas ou dos marxismos ocidentais, logo sentirão que, discreta e indiscretamente, Calvino veio para baralhar os fundamentos clássicos dos estudos universitários brasileiros, ditados pelo binômio literatura e sociedade.

Em primeiro lugar, pela introdução de questões relativas ao papel capital do indivíduo na construção da sociedade. Essa proposta, que nos conduz aos pressupostos defendidos por Louis Dumont em O individualismo, acaba por oferecer a Calvino o modus operandi de leitura dos clássicos da modernidade, que levanta âncora e ganha o largo na análise dos complexos protagonistas criados pelo romance do Oitocentos. Seus ensaios começam, se alongam e terminam mais pelo encanto por personagens e menos pelo fascínio por tramas. Nessa linha, as observações sobre a introdução do personagem criança no romance são admiráveis e demonstram o olhar penetrante e o fino poder de análise do crítico. O interesse pelos meninos personagens, escreve ele, visa a demonstrar que, na postura de descoberta e de teste a partir do zero de vida, está traduzida a "possibilidade de transformar toda experiência em vitória, como só é possível para as crianças". Não é o personagem Qfwfq, em nada infantil, mas primevo, que salta aos olhos do leitor de As cosmicômicas?

Em segundo lugar, por ter substituído a análise da problemática social engajada pela responsabilidade do homem frente à natureza, que nos precedeu e certamente nos sucederá. Sua análise dos romances de Honoré de Balzac é paradigmática, pois é o francês "que descobre a vitalidade natural quase biológica, da grande cidade". A observação certeira do ambientalista vai direto ao clima e aos temas caros à prosa balzaquiana, dada até então como mera precursora do realismo: "Caminhos equívocos, salões luminosos, sórdidos entresols, prisões, casas de aluguel, são descritos com o vigor admirado – que não raro transcende em retórica – com que Bernardin de Saint Pierre ou Chateaubriand saudavam as florestas das Américas".

Por conta própria, acrescentemos que o olhar de Calvino, antes de ser o do sociólogo de plantão, é o do etnólogo ao modo de Lévi-Strauss. Para este, por exemplo, a ilha de Manhattan é a paisagem do Novo Mundo que se foi automodelando – na escala oferecida pela natureza majestática como metrópole. Naquela ilha, o homem deixou de ser a referência do urbanismo. A capital do século 20 não estava mais sendo construída à nossa medida, como as cidades europeias, mas à medida do selvagem e inóspito território que foi sendo desbravado a partir dos grandes descobrimentos. Árvore e cimento armado têm algo em comum, cujo segredo compete a nós desvendar para que a natureza se perpetue com nossa presença predadora.

Enfim, por recusar a estabelecer a possibilidade de um sujeito coletivo – as classes sociais –, que ditaria inexoravelmente o fluir e o sentido da história. De maneira ardilosa, Calvino dirá que, "na lírica, o termo história está implícito no eu do poeta". Não queremos dizer que é por pedantismo ou conservadorismo que o ficcionista e o crítico menosprezam as questões propostas pela leitura sociológica do romance ou do poema. Sua motivação é outra e menos ambígua do que pode parecer à primeira vista. Ei-la: "Também o 'romance de denúncia' dos problemas sociais está com seus dias contados. A política e a economia agora precisam de pesquisas documentadas e de análises baseadas em dados e cifras, e não de reações sentimentais e emocionais".

Ariosto e Pavese
Natural, pois, que Ítalo Calvino eleja como marcos da literatura italiana Ludovico Ariosto, no século 16, e Cesare Pavese, no século 20. Ambos são seu espelho, espelho de sua alma e de seu estilo. Inicialmente, fiquemos com Ariosto, a quem Calvino opõe de maneira singular Maquiavel. Glosemos uma passagem magnífica do ensaio "Três correntes do romance italiano de hoje". Ariosto é o "poeta tão absolutamente límpido, divertido e sem problemas, mas ainda assim, no fundo, tão misterioso, tão habilidoso em ocultar a si próprio". Ele é o poeta incrédulo "que tira da cultura renascentista um sentido da realidade sem ilusões". Continua Calvino: "Enquanto Maquiavel, munido do mesmo desencanto da humanidade, funda uma dura ideia de ciência política, Ariosto teima em desenhar uma fábula..." O conceito do cientista contra a metáfora do artista – nada mais atual.
Terminemos com Cesare Pavese, que serve a Calvino para definir com clareza e justiça o que entende por estilo, valor maior na sua literatura: "estilo não é a sobreposição de uma cifra e de um gosto [à linguagem], mas escolha de um sistema de coordenadas essenciais para expressar nossa relação com o mundo". O estilo ainda é o homem. A maior tarefa do crítico Calvino é a de desentranhar da análise dos personagens a personalidade de seu criador.


(© JB Online)/Italia Oggi

O primeiro passo rumo à genialidade

Posted: 14 Jul 2009 02:49 AM PDT


Kimbell Art Museum/The New York Times

NO PRINCÍPIO ERA ASSIM

O Tormento de Santo Antônio: análises em laboratório finalmente comprovaram que se trata da estreia de Michelangelo


Exposição da pintura de estreia de Michelangelo, feita aos 12 ou 13 anos de idade, mostra que ele chegou tão longe porque foi o artista certo no lugar certo e na hora certa .
Quando tinha 12 ou 13 anos, Michelangelo Buonarroti (1475- 1564) usou óleo e têmpera sobre uma tela de madeira e pintou seu primeiro quadro. Chama-se O Tormento de Santo Antônio e está em exibição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, onde ficará até 7 de setembro. A suspeita é antiga, mas só agora, depois da remoção das camadas de tinta aplicadas por antigos restauradores e das análises de raio X e infravermelho, chegou-se ao veredicto de que se trata, de fato, da tela de estreia de Michelangelo. A imagem que o artista escolheu para pintar é cópia de uma gravura feita cerca de uma década e meia antes pelo alemão Martin Schongauer (1448-1491). Há dois atrativos na exposição. O primeiro é simplesmente ver uma obra de Michelangelo. O outro é descobrir que a gravura de Schongauer, cuja cópia também faz parte da exposição, é artisticamente superior à tela de Michelangelo. Gravurista de mão-cheia, Schongauer dá mais dinamismo aos demônios que parecem impedir Santo Antônio de ascender aos céus e define-lhes os contornos com uma exatidão ao mesmo tempo aguda e graciosa. O atraente, nessa comparação, é que nem Michelangelo, nem mesmo ele, o artista genial, nasceu pronto.

Seus afrescos, como os pintados no teto e na parede do altar da Capela Sistina, no Vaticano, são icônicos, deslumbrantes. As esculturas, como Pietà, Moisés e David, são tão esplêndidas que parecem transformar mármore em carne. Mas, vendo-se de onde Michelangelo partiu – sua primeira pintura é excelente para um garoto de 12 ou 13 anos, mas imatura, tateante, promissora –, é inevitável indagar como é que atingiu mais tarde alturas tão enormes. A resposta, aparentemente, é uma soma de talento excepcional com circunstâncias históricas também excepcionais. Tanto que Michelangelo só rivaliza mesmo com seus contemporâneos – entre eles, Leonardo da Vinci (1452-1519), um dos primeiros a ver e se maravilhar com seu David, de mais de 5 metros de altura. Nem o mais favorável ambiente físico e cultural produz a genialidade de um Michelangelo ou de um Da Vinci, mas circunstâncias muito adversas podem exterminar um gênio artístico. Michelangelo teve tudo a seu favor: foi o artista certo no lugar certo (a península itálica) e na hora certa (em pleno Renascimento).

Ainda criança, fazia cópias exímias de estátuas gregas, pelas quais tinha admiração inata. Foi ajudado pela feliz coincidência de que a Itália renascentista ressuscitava os ideais e os valores estéticos do humanismo grego, com seu culto à beleza, o que favoreceria a arte de Michelangelo, ele que tinha a mesma obsessão helênica pela perfeição física, sobretudo do corpo masculino – que apreciava por razões artísticas e também nas suas escapadelas noturnas com belos rapazinhos. Até a arqueologia da época lhe foi favorável. Em 1506, arqueólogos desenterraram Laocoön, a esplêndida escultura que muitos consideram a obra-prima da Antiguidade. (Consta que Michelangelo acompanhou os trabalhos de escavação em Roma.) Em seus quase 89 anos de vida, o artista foi, quase sempre, um homem atormentado, como o Santo Antônio de sua primeira pintura, mas, como que para compensá-lo dos demônios pessoais, em seu tempo, mais que nunca, a arte permeou a vida.

Estava na política, na diplomacia, na vida militar, na gastronomia, na moda, na religião. Os ricos e poderosos, dos papas de Roma ao clã dos Médici em Florença, buscavam distinção social pela arte. Os principais pontífices do tempo de Michelangelo – Júlio II, Leão X, Clemente VII e Paulo III – competiram pelo título de o maior protetor das artes e lhe fizeram encomendas que definiriam sua carreira, como os afrescos da Capela Sistina e a monumental escultura de Moisés – para alguns críticos, sua maior obra-prima. Certa vez, em busca de uma explicação para seu próprio fenômeno, Michelangelo disse, brincando, que tudo se devia ao seu precoce convívio com o mármore, pois sua ama de leite, coincidentemente, era filha e esposa de cortadores de mármore. Quem vê O Tormento de Santo Antônio constata que era, mesmo, só uma brincadeira.
André Petry, de Nova York
(© Veja)

30 dias sem o frei Rovílio

Posted: 14 Jul 2009 02:44 AM PDT


Ontem, dia 13 de julho foi celebrada missa pelo 30º dia do falecimento de Frei Rovílio Costa. A celebração ocorreu às 20 h , na Igreja Santo Antonio e foi a altura do nosso mestre, com belíssimas palavras de conforto dos Freis Capuchinhos, com coral da Massolin di Fiori e com uma linda canção do Rabino (que trabalhava com ele nos casamentos Judeus) que transbordou de emoções. Estavam presentes os familiares, amigos e Frades Capuchinhos.


Por Mirna Lanius Borella Bravo, RS

Berlusconi ancora nonno

Posted: 14 Jul 2009 02:37 AM PDT



Silvio Berlusconi nonno per la quinta volta


LUGANO - «La mamma è in piedi e sta bene»: di più, al momento non si riesce a sapere dal personale della Clinica Sant'Anna di Lugano a proposito di Barbara Berlusconi, che lunedì mattina nell'ospedale ticinese ha dato alla luce il piccolo Edoardo. Impossibile superare il muro di riservatezza ed accedere alla stanza 608 dove, protetta dal servizio di sicurezza personale, si trovano la mamma e il quinto nipotino del premier Silvio Berlusconi. Al sesto piano, dove si trova la figlia del premier, ci sono molte stanze disposte alla destra e alla sinistra di un lungo corridoio, ognuna delle quali ha un fiocco rosa o azzurro appeso sulla porta. Appena ci si avvicina all'ala in cui si trova la stanza di Barbara Berlusconi, però, intervengono gli uomini della sicurezza che rimangono ininterrottamente a vegliare sulla sua privacy dandosi di volta in volta il cambio.

UN TESTIMONE - «Stavo andando a trovare mia moglie - spiega un signore ticinese di circa 40anni, neo papà, con la moglie ricoverata nello stesso ospedale - quando ho notato questa signora bionda, con gli occhiali, e con i capelli raccolti. Solo dopo un attimo mi sono reso conto di chi era per l'immediato avvicinarsi delle guardie del corpo». L'edificio di sei piani, di colore rosso, dove si trova la camera di Barbara Berlusconi è al centro di una piccola cittadella di edifici simili, immersa nel verde e nella quiete, a cui si accede esclusivamente attraverso varchi riservati. Fuori dall'edificio in questo momento stazionano solo alcuni giornalisti e fotografi mentre, nel rispetto della tradizionale privacy elvetica, non ci sono curiosi.

NONNO SILVIO - Una coppia di maschietti dunque per la figlia del premier Silvio Berlusconi e di Veronica Lario: difatti nel 2007 Barbara Berlusconi e il suo compagno Giorgio Valaguzza avevano avuto Alessandro che il 30 ottobre compirà due anni. Silvio Berlusconi è, dunque, diventato nonno per la quinta volta. Il piccolo Valaguzza arriva, infatti, dopo il fratellino Alessandro, dopo la cugina Lucrezia Vittoria, figlia di Piersilvio, e dopo Gabriele e Silvio Junior, figli di Marina. Veronica Lario, invece, è nonna per la seconda volta.
Corriere della Sera

Hoje na História - A Queda da Bastilha

Posted: 14 Jul 2009 02:16 AM PDT



A monarquia francesa assistiu ao seu declínio no dia 14 de julho de 1789, quando o símbolo do regime absolutista, a Bastilha, foi tomado pela população, que exigia reformas no sistema político do país.

"O sol nasceu às 4h08 daquela terça-feira, dia 14 de julho de 1789, e, apesar da luminosidade, a cidade anunciava um dia encoberto e frio naquele verão, no qual os termômetros marcavam 12 graus pouco antes do meio-dia."

O trecho acima é parte da edição do dia 16 de julho de 1789 do Journal de Paris. Mas, ao contrário do clima frio que dominava a cidade, a atmosfera do lado de dentro dos muros estava esquentando cada vez mais, pois um terremoto político estava prestes a abalar as estruturas do reino francês. Já há alguns dias o clima se mostrava tenso, mas o dia 14 representou o auge da Revolução Francesa.

A monarquia absolutista que reinava na França daquela época caracterizou-se por seu enriquecimento às custas da camada baixa da população, o chamado Terceiro Estado ou os "comuns".

Um exemplo dessa exploração era a cobrança dos impostos em todo o país: tanto o clero quanto a nobreza eram isentos da tributação, paga, por sua vez, pelo Terceiro Estado. O acúmulo de riqueza do governo francês se mostrava, por exemplo, em sua sede, o Palácio de Versalhes, construído por Luis 14, o "Rei Sol".

Escassez de alimentos aumentou a insatisfação
Como os gastos do governo eram excessivos, o déficit orçamentário se avolumava, somando, na época da revolução, aproximadamente 5 bilhões de libras. Com as péssimas colheitas do ano anterior e o rigoroso inverno em dezembro daquele ano, a escassez de alimentos e as revoltas populares começaram a ser tornar cada vez mais constantes.

Como a nobreza não abrisse mão de seus privilégios, o rei Luis 16 foi forçado a convocar a Assembléia dos Estados Gerais, que deveria reunir representantes de todas as camadas sociais. Em sua primeira sessão, no dia 5 de junho de 1789, os parlamentares se depararam com o problema da "questão do voto".

Enquanto o clero e a nobreza defendiam a utilização do voto separado, por Estado, a camada popular defendia o voto por cabeça, já que ela representava 95% da população. Sem um acordo, a terceira camada se autoproclamou Assembléia Nacional, no dia 17 de junho de 1789, passando mais tarde, em 9 de julho, a uma Assembléia Constituinte.

As revoluções populares, iniciadas por causa da fome generalizada da população, culminaram no dia 14 de julho de 1789, quando os "comuns" decidiram se armar contra seus governantes. O Terceiro Estado, que englobava desde artesãos até médicos e advogados, invadiu a Bastilha, prisão política e símbolo máximo da tirania absolutista, matando seus guardas e libertando os presos.

Depois da Queda da Bastilha, a Assembléia Constituinte aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, inspirada na declaração norte-americana. Entre outros, ela defende a liberdade de expressão, afirmando que todos podem falar, escrever e registrar livremente seus pensamentos, devendo, porém, responder pelos abusos desta liberdade.

http://www.dw-world.de

Teatro Municipal do Rio comemora centenário

Posted: 14 Jul 2009 01:57 AM PDT


Teatro Municipal do Rio completa 100 anos

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 14 de julho de 1909 para ser o palco principal da intensa atividade lírica e teatral da então capital da República, comemora seu centenário nesta terça-feira (14).

A data não poderá ser festejada com uma programação franqueada ao público no palco do próprio teatro, como há muitos anos vinha acontecendo, porque o Municipal está fechado desde outubro do ano passado, para obras de restauração e modernização que, ao contrário do inicialmente previsto, só estarão concluídas em novembro.

Mas a Secretaria Estadual de Cultura, à qual está vinculada a Fundação Theatro Municipal, montou um grande palco na Cinelândia, praça em frente ao teatro, para que o aniversário seja comemorado com muita dança e música.

No interior do prédio, em espaços não afetados pelas obras, uma grande exposição lembrará os principais momentos do Municipal, nesses 100 anos. São fotos, documentos, programas e gravações, que o público poderá apreciar a partir de amanhã.

Às 14 horas, começam as apresentações da Orquestra Sinfônica, do Coro e do Ballet do Theatro Municipal, com a participação das principais estrelas da casa, como a bailarina Ana Botafogo. Para a programação de dança, foram escolhidos trechos de balés consagrados, como Floresta Amazônica, O Corsário e Coppelia.

Às 20 horas, terá início um concerto com a orquestra do teatro regida pelo maestro Roberto Minczuk e participações especiais do tenor argentino Marcelo Álvarez e da soprano coreana Sumi Jo. No programa, o Hino Nacional Brasileiro, e obras de compositores brasileiros, como Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone, e franceses, como Charles Gounod, Hector Berlioz, Georges Bizet e Maurice Ravel.

A arquitetura do teatro é inspirada na Ópera de Paris e resultou da fusão de dois projetos vencedores de um concurso promovido pela prefeitura do então Distrito Federal. O prédio começou a ser erguido em 1905. Os mais importantes pintores e escultores brasileiros da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli, foram chamados para decorar o prédio, que também recebeu vitrais e mosaicos criados por artesãos europeus.

A reforma atualmente em execução é a quarta desde a inauguração, em 1909. A primeira, em 1934, ampliou a sala de espetáculos. Em 1975, foi feita uma obra de restauração que durou três anos e resultou em medidas para preservar as instalações da casa, como a proibição dos bailes de carnaval , que até então aconteciam no local. A terceira reforma foi realizada na década de 80.

Agência Brasil

Centenário da Colônia Constança - Imigrantes em Leopoldina, MG

Imigrantes em Leopoldina, MG Imigrantes em Leopoldina, MG

Imigrantes em Leopoldina, MG 



Nostalgia do pequeno paese

Posted: 13 Jul 2009 05:33 AM PDT

Della emigrazione e del pauperismo, obra de Ernesto Comucci publicada em 1885, é citada por diversos autores como referência para o efeito da nostalgia na saúde mental do emigrante que, sentindo-se solitário em terra estrangeira, vê o sonho de prosperidade se diluir na dura realidade. Se para alguns isto resultou em profunda mágoa da terra natal, por considerarem-se expulsos, em outros casos o desequilíbrio mental foi muito grave, extraindo-o completamente do convívio social. Há relatos, pelo interior do Brasil, de inadaptação de "nostálgicos" mesmo quando vivendo próximo a outros italianos. E aí está o segundo problema.

Sabe-se que os camponeses que emigraram no final do século XIX não eram propriamente italianos como entendemos hoje. Nos primeiros tempos após a unificação, só uma pequena parcela da população - a elite, estendeu o sentimento de nacionalidade para além do território do estado a que pertenceu até então. Os demais continuaram se sentido calabreses, lombardos ou sicilianos muito mais do que italianos. Antigos jornais mencionam um político que teria declarado que a "Italia foi construída e agora precisamos construir os italianos".

Ainda seguindo opiniões populares, do Piemonte teria sido irradiada a "italianização" que não atingiu os camponeses porque logo emigraram. Donde os nossos imigrantes não se reconheciam como parte de uma comunidade nativa, quando instalados em colônias onde viviam naturais de outras regiões da sua terra natal.

Abordamos ligeiramente o assunto no texto O Sentimento de Nacionalidade Italiana publicado em janeiro de 2007. Sem, contudo, mencionar o desabafo de um descendente sobre a tristeza de seus avós por conviverem com pessoas de hábitos culturais diferentes, embora todos provenientes do "mezzogiorno". Para o informante, o desequilíbrio mental de um parente próximo seria "hereditário" e acrescentou que seus tios também sentiam profunda saudade do "paese" onde nasceram.

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