sexta-feira, 27 de junho de 2008

Jornais de Minas Gerais - seculo XIX disponiveis


Pesquisadores e curiosos podem consultar, pela internet, cerca de 70 mil páginas de 267 periódicos veiculados em Minas Gerais.

Hemeroteca Histórica organiza registros originais dos periódicos que serão disponibilizados no SIA/APM.

Em 2008 não se comemora apenas a data da chegada da Família Real ao Brasil. Jornalistas, leitores, pesquisadores e demais interessados em História do Brasil sabem que, até 1808, a impressão de livros e jornais era proibida na colônia brasileira, mas que com a chegada de D.João e a necessidade de imprimir os atos do governo e divulgar as notícias interessantes à Coroa, este cenário mudou, digamos, para melhor, sobretudo no quesito da publicação de informações de interesse da população.

Correio Braziliense foi o primeiro órgão de imprensa brasileiro e Compilador Mineiro, o primeiro periódico mineiro (= de Minas Gerais). Para preservar o valioso acervo de periódicos veiculados em Minas Gerais, durante o período de 1825 a 1900, a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio do Arquivo Público Mineiro (APM) e da Superintendência de Bibliotecas Públicas/Hemeroteca Histórica, com apoio da Fapemig e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, desenvolveu o projeto Jornais Mineiros do Século XIX: digitalização, indexação e acesso, cujo objetivo é disponibilizar o resultado do trabalho à população, por meio do SIA/APM - Sistema Integrado de Acesso, num primeiro momento, e, posteriormente, no site da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, onde esse acervo se juntará aos dos demais jornais do século XX, até 1945. O SIA/APM é uma base informatizada que disponibiliza e facilita a pesquisa do acervo do APM, tanto na sede da instituição quanto pela internet, democratizando o acesso aos arquivos de Minas Gerais. Com o sistema, qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo, acessa a historiografia mineira.

O projeto de digitalização da coleção de jornais mineiros do século XIX vai não apenas preservar, mas dar à população o efetivo acesso a um importante acervo para a pesquisa da história de Minas Gerais e do Brasil.

O maior desafio tem sido a preservação deste acervo de periódicos, por conta do precário estado de conservação que ocorre, normalmente, em virtude da fragilidade do suporte de papel. Como os jornais estão microfilmados e a escassez de leitoras de microfilmes exigia que a pesquisa continuasse a ser feita através do acesso direto aos originais, a nova ferramenta do SIA/APM, por si só , já apresenta um avanço. A digitalização desta coleção contribuirá para a preservação dos originais, além de possibilitar a ampliação do acesso ao acervo.

O sistema informatizado de pesquisa desenvolvido para a consulta aos jornais permite que a busca seja realizada de diferentes formas. O pesquisador poderá procurar o periódico pelo nome, pela data em que foi produzido ou pela cidade onde foi impresso. Além disso, a consulta pode ser feita cruzando-se os dados. É possível, por exemplo, pesquisar exemplares do jornal O Universal somente do ano de 1826. O sistema é capaz de filtrar a informação e pesquisar somente os dados desejados. Além disso, há ferramentas que possibilitam a ampliação das imagens, o que facilita enormemente a leitura. Várias cidades de Minas Gerais, durante o século XIX, publicaram um número significativo de periódicos. Segundo Xavier da Veiga, de 1824 a 1897 existiram, no Estado, 863 gazetas, publicadas em 118 localidades (84 cidades três vilas e 31 arraiais). Este dado, apesar de não abarcar todo o período contemplado pelo projeto de digitalização (1825-1900), mostra que um grande número de folhas se perdeu ao longo do tempo, pois o acervo atual da Hemeroteca Histórica é formado por 266 títulos. O primeiro periódico mineiro, Compilador Mineiro, foi veiculado em 1823.No mesmo mês em que esse periódico foi extinto, começou a ser publicado O Universal, folha de tendência moderada, impressa durante dezessete anos (1825-1842). Como um diário oficial, esse jornal era responsável pela publicação dos atos governamentais, imprimindo em suas páginas, sobretudo, decretos, editais, leis da Presidência da Província e discussões das Assembléias Provincial e Geral. A coleção completa desse veículo foi digitalizada, preservando-se, dessa forma, a memória do governo mineiro na fase inicial do Império.

Outro jornal responsável por divulgar atos governamentais foi O Correio de Minas, integrante da coleção acumulada pelo APM, hoje na Hemeroteca Histórica Além dos periódicos responsáveis pela divulgação de ações governamentais, acoleção de jornais mineiros do século XIX possui, por exemplo, folhas de cunho religioso, como O Bom Ladrão, fundada no ano de 1873, em Mariana, e O Lar Catholico, veiculado na cidade de Juiz de Fora, em 1891. Além disso, o acervo atual abriga vários jornais de cunho republicano, que começaram a ser publicados na segunda metade do século XIX, como é o caso do Minas Livre,veiculado em 1891, na cidade de Juiz de Fora, com tiragem de 1.000 exemplares.

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/


Notícia enviada por Marcos Paulo Miranda, associado CBG
www.cbg.org.br

quarta-feira, 25 de junho de 2008

IV Seminário Internacional "A Emigração do Norte de Portugal para o Brasil"

IV Seminário Internacional "A Emigração do Norte de Portugal para o Brasil"

Na sequência dos Seminários Internacionais efectuados no Rio de Janeiro (2005), Porto (2006) e Santos e São Paulo (2007), no âmbito do projecto que se encontra a ser desenvolvido pelo CEPESE, intitulado “A Emigração do Norte de Portugal para o Brasil”, apoiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Portugal), o CEPESE e a FAPERJ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, vão levar a efeito, na semana de 21 a 25 de Julho de 2008, na cidade do Porto, o IV Encontro Internacional, com o título "Nas Duas Margens: Portugueses no Brasil".

Ruth Cardoso



Ruth Valença Corrêa Leite


Nascimento: Araraquara, SP em 19.09.1930
Falecimento: São Paulo, SP em 24.06.2008


Casamento: Fernando Henrique Cardoso, ex presidente do Brasil


Filhos

Paulo Henrique Cardoso, casado com Ana Lúcia Magalhães Pinto

Luciana Cardoso, casada com Getúlio Vaz

Beatriz Cardoso, casada com David Zylberstajn


Doutora em antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e, como docente e pesquisadora, atuou na USP, Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso/Unesco),Universidade do Chile (Santiago do Chile), Maison des Sciences de L'Homme (Paris), Universidade de Berkeley (Califórnia) e Universidade de Columbia (Nova Iorque). Era membro associado do Centro para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge (Inglaterra) e membro da equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap - SP). Publicou vários livros e trabalhos sobre imigração, movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho.


Redação do AI com informações da Geneallnet e Wikipédia

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Palestra Nicolas Antoine Taunay

Palestra a ser realizada pelo Embaixador Alberto da Costa e Silva, Coordenador-Geral da Comissão D. João VI e pela Profa. Dra. Lilia Moritz Schwarcz sobre o tema 'Nicolas-Antoine Taunay no Brasil: uma leitura dos trópicos'.
Data da palestra : 25 de junho de 2008, 4a feira.
Horário: 15h30.
Local: Auditório Leandro Joaquim, Museu Nacional de Belas Artes, Av. Rio Branco, 199, 3o andar, Centro, Rio de Janeiro.
Maiores informações: 2240-0068, ramal 23.
A referida palestra marca o fim da temporada da exposição 'Nicolas-Antoine Taunay no Brasil: uma leitura dos trópicos' no Museu Nacional de Belas Artes, RJ, cuja visitação pública se encerrará no próximo dia 6 de julho.A exposição seguirá para São Paulo e será aberta para visitação a partir do dia 20 de julho de 2008, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Divulgação Lúcia Garcia

CORRESPONDÊNCIA DO CAPITÃO DE DRAGÕES SIMÃO DA CUNHA PEREIRA, 1736-1753.

O livro " Correspondência do Capitão de Dragões Simão da Cunha Pereira, 1736-1753" é um estudo e análise de uma coletânea de 57 cartas trocadas entre os Governadores e Capitães Generais das Minas Gerais e o Tenente de Dragões e, depois, Capitão de Dragões Simão da Cunha Pereira, que era o Comandante da tropa paga do Distrito Diamantino, no período 1736-1753, em seu contexto histórico, começando com fatos marcantes da História de Minas Gerais, como os chamados “Motins do Sertão”, e terminando com a trama que culminou com a prisão, no Arraial do Tejuco, atual cidade de Diamantina, MG, do Contratador dos Diamantes, Felisberto Caldeira Brant, e, finalmente, do próprio Capitão de Dragões Simão da Cunha Pereira. Acrescentaram-se, ainda, mais duas cartas para terceiros, com referências ao Capitão de Dragões Simão da Cunha Pereira, e mais duas endereçadas a Frei Brás da Cunha Pereira e ao Capitão de Ordenança Manoel da Cunha Pereira.

Como complemento e parte integrante, o livro é acompanhado por um CD-ROM de Dados, no qual o leitor encontrará: 1) relações de cartas, por códices e por data; 2) imagens digitalizadas das cartas, por códices, no formato JPEG; 3) imagens digitalizadas das cartas, por data, no formato JPEG.

Maiores informações com o autor:

JORGE DA CUNHA PEREIRA FILHO
Rua Nascimento Silva, 4/C/1004 – Ipanema
22.421-020 - RIO DE JANEIRO - RJ

Tel.: 0xx (21) 2267-1459 / 2287-6580
e-mail: jorgecpf@all.com.br

EMIGRAÇÃO DO NORTE DE PORTUGAL PARA O BRASIL

O CEPESE - Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, em Portugal, "é um centro de investigação com vocação inter-universitária e tem por objecto a investigação e divulgação dos temas directa ou indirectamente relacionados com a população, economia e sociedade."

Recentemente divulgou o seguinte sobre o tema EMIGRAÇÃO DO NORTE DE PORTUGAL PARA O BRASIL:

"Face ao conhecimento directo que temos das fontes históricas ligadas à emigração, quer em Portugal, quer no Brasil, o presente Projecto pretende dar um contributo indispensável e, em boa parte, definitivo para o conhecimento: do volume dos efectivos migratórios dos portugueses para o Brasil; do âmbito sócio-demográfico dos emigrantes portugueses das regiões de origem; da comparação dos ritmos migratórios com a evolução económica; do impacto sócio-demográfico da emigração portuguesa para o Brasil, e reflexo migratório; da importância da emigração portuguesa para a construção do Brasil contemporâneo. Para tal, o CEPESE pretende criar um Portal Autónomo na Internet, do qual constem os emigrantes portugueses para o Brasil, a partir de 1822, estudo que está a ser efectuado a partir dos livros de passaportes do Norte de Portugal, ou seja, dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real e Bragança (os distritos para os quais dispomos de equipas de inventariação dos registos e processos de passaportes), complementados com as fontes brasileiras existentes no Rio de Janeiro, Santos e outras bibliotecas e arquivos além-Atlântico, constando a identificação dos requerentes dos passaportes (nome; naturalidade; estado civil; profissão; acompanhantes; destino no Brasil; idade; sexo; nível de alfabetização). O Portal, findo o Projecto continuará a ser enriquecido e actualizado pelo CEPESE.


Este Projecto, com uma equipa constituída exclusivamente por sócios do CEPESE, foi apresentado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo sido avaliado por uma comissão internacional e classificado como Excelente. No âmbito deste Projecto, que vai durar três anos, foi estabelecido um protocolo com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro, através da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-FAPERJ, de forma a se levantarem as fontes documentais no Brasil sobre o mesmo tema. Foi ainda concedido para este projecto um apoio financeiro por parte do GRICES - Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior. Este Projecto integra quinze investigadores (quatro doutores, sete mestres e quatro licenciados). Está já disponível para consulta, em versão beta, a Base de Dados com os emigrantes do Norte de Portugal para o Brasil. "


Pelo interesse que poderá vir a ter nos dois lados do Atlântico, recomendamos o portal do CEPESE, sugerindo que consultem a base de dados em:


http://cepese.up.pt/passaportes_pesquisa.php

A cada nome encontrado hoje na pesquisa corresponde uma ID (= nº de identificação), pelo qual, poderão ser obtidos diversos dados sobre a pessoa em julho próximo, segundo acima.

Quando estiver completo e totalmente operacional, será um excelente instrumento de pesquisa.


terça-feira, 3 de junho de 2008

Cabula lá e cá - Origens da identidade cultural dos escravos das fazendas do Sudeste no século XIX

O historiador Robert Slenes, da Unicamp, explica as origens da identidade cultural dos escravos das fazendas do Sudeste no século XIX
 
Marina Lemle

Para se conhecer e entender a cultura dos escravos nas fazendas no Sudeste do Brasil no século XIX é preciso pesquisar os cultos do antigo Reino do Congo, de onde vieram em sua maior parte.

A premissa foi colocada por Robert Slenes, professor titular de História da Unicamp, em palestra realizada no Museu Nacional da UFRJ, no Rio, na última terça-feira, 20 de maio. Ele contou que, ao começar suas pesquisas sobre identidade escrava, percebeu que teria que beber em fontes africanistas.

De acordo com Slenes, em 1850, cerca de 90% dos homens e 2/3 das mulheres escravizadas em fazendas com 20 a 50 escravos no Sudeste eram africanos. A continuidade do tráfico negreiro manteria essa percentagem ao longo de todo o século XIX. Especialista em demografia da escravidão e história social dos escravos, ele revelou que mais de 90% dos escravos trazidos para o Sudeste no século XIX vieram da África Central, sendo ¾ da parte ocidental e ¼ da oriental.

Segundo o historiador americano, o processo de "creolização" – o encontro de culturas – começou na África, em Angola e no antigo Reino do Congo, onde as sociedades se tornaram mais escravistas entre 1810 e 1850, com a intensificação do tráfico português. O pesquisador, doutorado pela Universidade de Stanford, explicou que a identidade social dos escravos se faz através da identidade relacional entre eles. "Não é pela cultura, mas pelos encontros e choques com as outras culturas. É nas fronteiras que se define a identidade", afirmou.

Religião una, com variações

Com a ajuda do lingüista Carlos Vogt, também da Unicamp, Slenes estudou o vocabulário de origem africana. Segundo Slenes, a maioria dos escravos era de etnias Banto, tendo línguas e manifestações culturais semelhantes. Entre elas, destaca-se o fogo dentro de casa. "O fogo mantido aceso na habitação é um caminho para o mundo espiritual. Através dele, os ancestrais cuidam das pessoas. Se apaga-se o fogo, as pessoas se sentem doentes", disse.

Outras manifestações identificadas por Slenes na África Central e no Sudeste brasileiro são a adoração a pedras de formas estranhas, encontradas em riachos ou sambaquis; o culto de aflição, um culto de cura através de dança e música, com tambores; cultos de crise e rituais de purificação; cultos de governança, com instâncias políticas, em que uns se justificam perante outros, que fazem cobranças; reuniões em clareiras na floresta, perto de riachos, onde estariam presentes os espíritos da terra; a adoração aos primeiros habitantes da terra em que estão e a seus sacerdotes, o que, no caso brasileiro, leva os negros a procurarem os sacerdotes indígenas, promovendo o sincretismo; e a utilização de uma língua secreta, que inseria prefixos "ca" na frente de todas as palavras, como "Cabula", onde "bula" significa "quebrar" e estaria relacionada ao transe religioso.

"Era uma religião una, com variações", resumiu Slenes. Ele contou que o ponto culminante da cabula é quando a pessoa recebe um nome específico, que fica para o resto de sua vida e representa o seu guia espiritual.

De acordo com pesquisadores, as manifestações religiosas caminhavam junto com planos de rebelião, como as conspirações que ocorreram em Vassouras em 1848 e em São Roque, no Espírito Santo, em 1854.

Em sua pesquisa, um dos rastros que Slenes seguiu – e continua seguindo, visto que ainda há o que descobrir – é uma nota de rodapé de um livro de Leslie Bethell sobre o tráfico de escravos para o Brasil. A nota menciona um relatório secreto sobre um plano de rebelião de escravos comandado por um grupo religioso. Descoberto pelos senhores, o plano foi denunciado à assembléia legislativa do Rio de Janeiro, que enviou um dossiê ao "Itamaraty" inglês, que, por sua vez, publicou-o para os seus parlamentares. Assim, o que era secreto aqui tornou-se público lá, e Slenes conseguiu achar a cópia original nos arquivos ingleses. Ele acredita, entretanto, que se achar os documentos originais daqui, poderá conhecer melhor a cultura dos escravos.

Autor do livro "Na Senzala, uma flor", de 2000, uma referência fundamental no tema, Slenes explicou que costuma esbarrar num problema metodológico: como recuperar preceitos cosmológicos sobre os escravos, sendo que eles não falavam ao mundo senhorial nem sob coação, e mesmo que dissessem algo, os senhores e delegados não saberiam registrar ou interpretar corretamente o que haviam dito?

Saiba mais:

Abolição em oito tempos - Oito especialistas refletem sobre as origens, o processo e os efeitos do fim da escravidão no Brasil. Leia na Revista de História da Biblioteca Nacional de maio, à venda nas bancas.

Escravidão na Mauritânia: um secular nó cego - Artigo de Alain Pascal Kaly.

Herança negra - Quilombolas interagiam com comunidades locais e criaram núcleos locais que sobrevivem até hoje. Artigo de Flávio Gomes e Antonio Liberac C. S. Pires.Alberto da Costa e Silva.

Imagens da África - Desconhecer a África e a realidade dos africanos não impediu que Castro Alves denunciasse a violência e a degradação da escravidão. Artigo de

Central African Culture, "Kongo"/PanBantu Identity and Slave Resistance on the Plantations of Southeastern Brazil, ca. 1810-1888 – Estudo preliminar de Robert Slenes apresentado em seminário na Bahia em março de 2007. Arquivo PDF.

Quilombos e revoltas escravas no Brasil – Artigo de João José Reis, professor do Departamento de História da UFBA, na Revista USP de dez/1995-fev/1996.

Na Senzala, uma flor - Resenha do livro de Robert Slenes na revista Comciência, da Unicamp.

PALCO ITÁLIA -Palácio das Artes, 03 a 17 de junho

Clique na imagem para ampliá-la
Detalhes da programação: http://www.festivalpalcoitalia.com.br

Aberta a Semana da Imigração Italiana no Espírito Santo


Solenidade marcou a abertura da Semana da Imigração Italiana no Espírito Santo


Os 134 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Espírito Santo foram homenageados na abertura da “Semana da Imigração Italiana no Espírito Santo”, realizada junto ao Monumento ao Imigrante Italiano, em Vitória, por iniciativa da deputada Luzia Toledo (PTB), vice-presidente da Assembléia Legislativa do Estado.

Em seu discurso, a deputada lembrou os italianos que morreram tentando chegar ao Espírito Santo. “A solenidade hoje é simbólica e mostra a forte imigração italiana que existe no nosso Estado, afinal, 73% do sangue capixaba também é italiano e eles merecem todo o nosso respeito”, destacou.

O vice-cônsul da Itália, Franco Gaggiato, explicou que a homenagem traz à tona um passado de lutas dos imigrantes italianos. Para Gaggiato, a semana vai mostrar aos capixabas um pouco da história de desigualdade, e também de sucesso, que eles encontraram aqui no Estado. Segundo ele “uma boa parte do desenvolvimento do Espírito Santo foi possível pelo trabalho dos imigrantes que aqui chegaram há 134 anos”.

Uma coroa de flores foi colocada no monumento por bombeiros e, sem seguida, um corneteiro da Polícia Militar entoou o “Toque de Silêncio”. Aproximadamente 25 pessoas participaram da homenagem póstuma, entre elas o prefeito de Rio Bananal, Felismino Ardizzon (PSB), e o prefeito de São Roque do Canaã, Ethevaldo Francisco Roldi (PTB).

Feira D'ItáliaApós a solenidade no monumento, foi realizada, no térreo da Assembléia Legislativa, a abertura da Feira D'Itália, com apresentação dos grupos de dança italiana de Nova Venécia, Venda Nova do Imigrante e Santa Teresa. O espaço conta com estandes dos municípios de Serra, Cariacica, Alfredo Chaves, Itarana, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia, onde é oferecida degustação de produtos típicos italianos.

Na programação da Feira D'Itália, o público pode conferir, com entrada franca, apresentações de corais e de grupos de danças típicas italianas. O evento acontece até sexta-feira (6), das 8h às 19h. Além de homenagear os imigrantes e seus descentes, a Semana da Imigração Italiana tem como objetivo promover a integração dos municípios e das associações culturais italianas.

Sessão EspecialEntre as atividades da programação está uma Sessão Especial da “Imigração Italiana no Espírito Santo”, em comemoração ao 60º aniversário da Constituição Italiana e ao 20º aniversário da Constituição Brasileira, nesta terça-feira (3), às 19 horas, no Plenário “Dirceu Cardoso”.

Na abertura, haverá apresentações do Coral Della Mama, formado por 22 crianças, sob a regência de Ivana Paganini, de Alfredo Chaves; da cantora Elaine Rowena Scarpi e do grupo de dança folclórica Circolo Trentino, de Santa Teresa. Em seguida, haverá palestras do juiz Marco Aurélio de Araújo Bello Ramos, sobre a Constituição Brasileira, e do diretor do Circolo Italiano do Espírito Santo, Giovanni Battista Castagna, sobre a Constituição italiana.

A solenidade será encerrada com a entrega de comendas a autoridades do Estado. Estão confirmadas as presenças do cônsul-geral da Itália, Ernesto Massimo Bellelli, e do vice-cônsul, Franco Gaggiato, que receberão comendas.

A Semana da Imigração Italiana no Espírito Santo será encerrada na próxima sexta (6) com uma sessão solene no Plenário “Dirceu Cardoso”. Na oportunidade, serão entregues certificados e placas aos homenageados. Também haverá apresentações do Coral de Tradições Italianas Joaquim Lovatti (Hino Nacional Italiano); da Lira Municipal Toscano e dos músicos Lauromir Gobetti e Mirano Shuller.Foto: Antônio Carlos Sessa Neto (Tonico)


Redação revista eletrônica Oriundi

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