A Companhia de Desenvolvimento de Campos (Codemca) assinou na manhã desta quarta-feira (29), termo de cooperação técnica com a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e o Arquivo Público Municipal para organização, recuperação e conservação dos documentos relativos a sepultamentos nos cemitérios do município. A assinatura foi na sede da Codemca, nos altos da Rodoviária do Shopping Estrada, e prevê também a digitalização do acervo.
Pelo convênio, haverá a transferência para guarda e tratamento técnico de todo o acervo dos 24 cemitérios públicos municipais. São registros com início na década de 1920 e muitos dos livros de sepultamento estão bastante deteriorados. Somente no Cemitério do Caju, o maior do interior do Estado, são mais de 30 mil túmulos. Do período da fundação do cemitério, em 1865, até 1920, os registros de sepultamentos foram perdidos.
— São mais de 150 desses livros, cada um com cerca de 100 folhas, que terão que ser restauradas nos dois lados, o que significa a restauração de 200 páginas por volume. Sem contar inúmeros outros documentos a serem avaliados — explicou a historiadora Rafaela Machado, do Arquivo Público.
Ainda segundo Rafaela, o trabalho já foi iniciado com o começo da identificação de parte do material no Cemitério do Caju. “Depois dessa identificação, vem agora a fase de diagnóstico. É quando avaliamos o tipo de papel, de tinta, para definir quais deverão ser recuperados primeiro. Normalmente iniciamos pelos que estão em piores condições”, explica.
O diretor do Arquivo Público, Carlos Roberto Freitas, afirma que não é possível estimar um tempo para conclusão do trabalho, que terá grande relevância. “O trabalho é importante por três aspectos: o administrativo, para facilitar o trabalho da Codemca; o histórico, para fins de pesquisa e por tratar da memória do município, cumprindo o que determina a Lei de Informação, e ainda o que trata da preservação da documentação da administração pública”.
Para o presidente da Codemca, Vinicius Vieira, o termo de cooperação pode agilizar em muito a administração do órgão. “Será essencial para agilizar nossas atividades. E além do ganho em nosso trabalho, quando a digitalização do acervo evitar o manuseio de livros e papéis, tem ainda a importância de manter a memória histórica de todo esse material”.
Participaram ainda da reunião a presidente da FCJOL, Cristina Lima; o chefe de Gabinete da FCJOL, Pedro Lincoln; o chefe de Gabinete Codemca, Heraldo Modesto, e o diretor dos cemitérios públicos de Campos, Jorgiele Gerônimo de Oliveira.
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Por: Edson Cordeiro - Foto: Luís Macapá - 29/03/2017 15:20:44
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