PORTAL PORTUGUÊS DE ARQUIVOS
Notícia repassada por antigo associado, conteúdo da Revista de História.
A criação de um instrumento de pesquisa coletivo, integrando os arquivos públicos portugueses, em muito facilita a recuperação de documentação a respeito da história do Brasil
Renato Venâncio
Os portugueses deram um presente aos historiadores brasileiros. Trata-se da criação do Portal Português de Arquivos. Como o próprio nome indica, esse portal funciona como um catálogo coletivo de acervos arquivísticos, permitindo buscas simultâneas em 990.612 resgistros de 18 instituições: Torre do Tombo, Arquivos Distritais de: Aveiro, Beja, Castelo branco, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu; Câmara Municipal de Constância e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Neste universo, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo dispõe do banco de dados com maior número de registros a respeito da história do Brasil: atualmente, cerca de 1400 documentos, deste inestimável acervo, podem ser lidos integralmente.
Um procedimento de pesquisa interessante consiste em clicar no item busca avançada e efetuar a pesquisa pelo campo Âmbito e conteúdo. No campo Recuperar registros, escolha a opção Registros com imagens. A busca a partir da palavra tratado, por exemplo, resulta em cópias digitais dos principais documentos diplomáticos portugueses, muitos deles dizendo respeito diretamente à história do Brasil, como é o caso do Tratado de Tordesilhas. Também é possível consultar o original da Carta de Pero Vaz de Caminha.
Outra opção de pesquisa consiste em escolher um enfoque regional. Digite a expressão Rio de Janeiro no campo Âmbito e conteúdo e, novamente, no campo Recuperar registros, escolha a opção Registros com imagens. Já estão disponíveis, em formato digital, 555 valiosos documentos a respeito da história carioca, como são os casos dos processos, denúncias, inquirições e correspondências inquisitoriais.
Outras instituições arquivísticas portuguesas também guardam preciosidades. No Porto, por exemplo, há documentos de identidade do século XX, de quem estava de partida para o Novo Mundo, assim como registros paroquiais do século XVII, que reproduzem óbitos ocorridos em territórios ultramarinos.