quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Newsletter do Blog do Ale' Italia

 

Blog do Ale' Italia

Imigrantes e locais têm relacionamento complicado na cidade italiana de Rosarno

Posted: 27 Jan 2010 03:58 AM PST

Pobreza faz italianos e os vindos de fora brigarem no mercado de trabalho.     E a presença da máfia calabresa só complica o conflito.

Rachel Donadio
Do New York Times, em Rosarno

Os números oficiais mostram que há 1.600 agricultores nesta cidade, apenas 36 deles italianos. A realidade, exposta pelos conflitos violentos ocorridos aqui no início de janeiro, era muito diferente: cerca de 1.200 estrangeiros, a maioria deles africanos, ganhavam cerca de US$ 30 por dia, sem registro, colhendo laranja e tangerina. Agora que a cidade está sem mão-de-obra estrangeira, as frutas permanecem nas árvores.

Em outros locais, não se pode viver com US$ 30 por dia. Porém, esta é uma das partes mais pobres da Itália, e os moradores locais não ganham muito, mesmo que a maioria não colha frutas.

"Quem está cuidando de nós?", pergunta Maria Amato, de 39 anos, dona de casa. "Até poucos dias atrás, nós não existíamos."

De um ponto de vista geral, a maior revolta de imigrantes jamais vista na Itália – chocante aqui não apenas pelo ira dos imigrantes, pois alguns deles entraram em conflito com moradores locais, mas também pelos ataques a eles por parte dos moradores da cidade – afeta profundamente a difícil evolução da Itália: de um país de emigrantes para um país que recebe imigrantes.



Visto em 11 de janeiro, local onde ocorreram os confrontos entre imigrantes, moradores locais e policiais na cidade italiana de Rosarno. (Foto: The New York Times)

Um pesquisador italiano pede à França para exumar o corpo de Leonardo da Vinci

Posted: 27 Jan 2010 12:44 AM PST



As investigações biológicas do mundo de Leonardo Da Vinci continuam. Depois das especulações de um nutricionista sobre o colesterol da Monalisa, agora é a vez de examinar o Leonardo em pessoa.


Um antropólogo italiano, Giorgio Gruppioni, pediu (mas ainda não conseguiu) que a suposta tumba de Leonardo na Loira possa ser reaberta, e que a caveira do gênio italiano possa ser exumado e analisado. Sobretudo para fornecer a prova definitiva de como se parece com a Monalisa, como se o famosos auto-retrato não bastasse.

A permissão oficial por parte das autoridades francesas é só uma questão de tempo, que pode até ser aprovada definitivamente ainda este ano.

Michelangelo no Second Life nos Museus em Comune 2.0

Posted: 27 Jan 2010 12:41 AM PST



Depois da Roma Antiga em 3D no Google Earth e o Museu virtual da Rua Flaminia antiga, que tem sede permanente em uma sala do Museu Nacional Romano nas termas de Diocleziano, um novo projeto do Sistema Musei Civici (Sistemas Museus Civicos) é apresentado na preparação de mostras no Second Life.


A primeira, foi inaugurada no Experience Italy no domingo 24 janeiro 2010, no PiuBlog.it e no 2LifeCast, traz a Arte de Michelangelo na fase 2.0 com instalação dedicada para "Michelangelo architetto a Roma" (Michelangelo arquiteto em Roma), a mostra está nos Museus Capitolini até 7 de fevereiro de 2010.

Graças a plataforma multimídia dos Museus em Comune 2.0, os rascunhos extraordinários do artista podem se mover em um espaço tridimensional completamente computadorizado e dinâmico, onde os avatar podem aparecer com as fantasias renascentistas criados pelos Ardigraf Design e Donna Flora, e os interpretadores de entrar nas obras de arte de forma mais intensa.


Dia Mundial da Lembrança ao Holocausto

Posted: 27 Jan 2010 12:33 AM PST




A Assembléia Geral das Nações Unidas instituiu o dia de 27 de Janeiro como o Dia Mundial da Lembrança do Holocausto. A data é uma homenagem aos seis milhões de judeus e às outras vítimas do exterminínio nazi. Vários países, incluindo Grã-Bretanha, Itália e Alemanha, já consideravam 27 de Janeiro o dia da memória das vítimas do Holocausto pois foi nessa data, em 1945, que as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia. A resolução, proposta por Israel, foi co-patrocinada por outros 104 países e aprovada por consenso (sem necessidade de votação).


O texto da resolução rejeita qualquer questionamento de que o Holocausto foi um evento histórico, enfatiza o dever dos Estados-membros de educar futuras gerações sobre os horrores do genocídio e condena todas as manifestações de intolerância ou violência baseadas em origem étnica ou crença.

O "Dia da Memória" foi formalmente instituído pela República Italiana em 20 de julho de 2000, com a Lei n. 211. As celebrações do Dia da Memória acontecem de maneira coordenada em Roma, à presença do Presidente da República Giorgio Napolitano, e em todas as Embaixadas da Itália no mundo. A data do dia 27 de janeiro foi escolhida pela força do impacto no imaginário coletivo representada pela derrubada dos portões de Auschwitz, acontecida exatamente em 27 de janeiro de 1945. O "Dia da Memória", por um lado visa lembrar o momento histórico acima citado, por outro pretende manter viva na memória coletiva a Shoah ("catástrofe", "destruição", "desolação", em língua judia), a prisão e o extermínio dos judeus e os heróis que opuseram-se àquele projeto de genocídio, para que nunca mais eventos parecidos possam acontecer novamente.

Redação AI
iagem arquivo virtual

Algumas notícias

Posted: 27 Jan 2010 12:14 AM PST

Italianos confiam nos juízes e em Napolitano

Posted: 26 Jan 2010 11:50 PM PST


Roma, Ansa - Os italianos têm a máxima confiança em seu chefe de Estado, Giorgio Napolitano, e no sistema judiciário, mas confiam menos no chefe de governo, Silvio Berlusconi, na escola, nos sindicatos e nos partidos políticos, indica uma pesquisa.     O trabalho anual do instituto privado de estudos políticos, econômicos e sociais Eurispes anunciou essa inversão de tendência sobre o afastamento crescente entre os italianos e as instituições em relação aos anos anteriores.       O Relatório Itália 2010 se baseou em entrevistas diretas com questionários entre 1.191 cidadãos, concluídas em princípios de janeiro de 2010.

A confiança dos italianos no presidente Napolitano, segundo o estudo do Eurispes, chegou no último ano a 70%, registrando assim um aumento de 6% sobre o ano anterior.    Esta confiança se verificou principalmente entre os entrevistados com mais de 65 anos (73,3%) e entre aqueles de 45 a 64 anos (73,7%).   Já a confiança dos italianos no governo, liderado por Silvio Berlusconi, diminuiu um pouco na comparação com o ano anterior.    

Os que manifestaram confiança no governo foram agora 26,7%, contra os 27,7% do ano anterior.   Essa porcentagem, no entanto, se mantém bastante constante nos últimos anos, independente de se tratar de um governo de centro-direita ou de centro-esquerda.    Mostraram mais confiança no governo os cidadãos do nordeste (29,4%) do país e os de direita, enquanto que o menor índice se registrou nas ilhas e entre as pessoas de esquerda e centro-esquerda.

Em relação ao Parlamento, os níveis se mantiveram bastante estáveis, com 26,9% contra os 26,2% do ano anterior, com porcentagens mais altas entre as pessoas de direita, centro-direita e centro; e mais baixas entre as de esquerda e centro-esquerda.    Para o Judiciário, a confiança cresceu no ano passado, atingindo 47,8%, com uma alta de 3,4% em relação a 2008.     Neste item, a confiança dos italianos cresceu nos últimos cinco anos e atualmente quase um italiano em dois apóia os magistrados locais.     Os que expressaram menos confiança na magistratura foram os italianos de direita (35,6%) e os de centro-direita (35,4%).

Imigração ilegal: desembarques caíram 90%

Posted: 26 Jan 2010 11:46 PM PST


Prato, Ansa -  Na Itália os desembarques em 2009 foram 9.573 contra os 36.951 de 2008, com uma redução de 74% sobre uma base anual.


"Este é um resultado importante, fruto do acordo com o governo líbio. A redução é de 90% se considerarmos o período da entrada em vigor do Acordo de amizade, associação e cooperação assinado no ano passado com esse país africano", afirmou na manhã de ontem o ministro italiano do Interior, Roberto Maroni.

Segundo o citado acordo, em troca de cooperação em diversas áreas, a Líbia recebe de volta as embarcações de imigrantes interceptadas ainda em alto-mar, antes do seu desembarque na costa italiana.

Quanto ao gerenciamento das repatriações, Maroni destacou que nos últimos dois anos 42.595 pessoas foram devolvidas a seus países de origem. "Enfrentamos dificuldades nestas operações e nesse sentido cobramos uma maior atuação da Europa, porque um Estado não pode arcar sozinho com todo esse peso, principalmente os que são - como a Itália, os principais destinos dos clandestinos. Tenho a impressão que as coisas estejam mudando. As medidas adotadas pela Itália no combate à imigração clandestina são mais eficazes que as adotadas por outros governos europeus", comentou Maroni.

O governo italiano aposta na ideia de que cada região italiana deveria ter "um centro de identificação e expulsão. Estamos na fase da avaliação desses locais, ouvindo as autoridades locais, das regiões e das províncias", especificou o ministro.

"Estamos fazendo muito na frente da prevenção, acrescentou Maroni. O aviso que se espalha nos países do Magreb é que a Itália já não é o país onde é possível desembarcar e permanecer sem problemas. Não por acaso o último desembarque aconteceu na Córsega".
A propósito, hoje (26) o chanceler italiano Franco Frattini elogiou a postura do presidente francês Nicolas Sarkozy, que no domingo (24) afirmou que a França não aceitará os imigrantes clandestinos e não dará asilo a eles, em se referindo aos cerca de 120 curdos encontrados na última semana em uma praia francesa.

"Não deixarei a França desarmada frente a um fenômeno como o que assistimos na Itália", disse Sarkozy em entrevista à imprensa local.

Na mesma intervenção, o mandatário declarou que proverá "o necessário" ao grupo encontrado na sexta-feira (22) em uma praia da Córsega, "mas os clandestinos não terão direito a asilo. Isso é fundamental para conter todos os outros criminosos, os traficantes" de seres humanos.
Sarkozy se "referia obviamente à Itália do fim de 2008, quando o país absorvia centenas de imigrantes", esclareceu  o chanceler italiano, que reiterou que os novos controles do país, em vigor desde o início de 2009, levaram o fenômeno do fluxo migratório "a uma redução drástica de 90%".

Frattini insiste que toda a Europa deveria empenhar-se na promoção de uma política comum em relação à imigração ilegal.

Itália comemora 5 anos de jantares sem cigarro

Posted: 26 Jan 2010 11:41 PM PST


Comer, jantar e tomar uma taça de vinho sem ser envolvido pela fumaça de um cigarro é possível na Itália há cinco anos, devido ao cumprimento rigoroso da lei aprovada em 2005 que proíbe o fumo em locais públicos.      Em janeiro de 2005, entrou em vigor a lei anti-fumo do Ministério da Saúde, então conduzido por Girolamo Sirchia, que proibiu o fumo em locais públicos impondo multas para os que descumprissem que variam de 27,5 euros (US$ 39) até 275 euros (US$ 388), e o dobro se o cigarro for aceso na presença de crianças e mulheres grávidas.      Também obriga os proprietários de bares e comércios a denunciarem os "infratores", sob pena de sanções de até 2,2 mil euros (US$ 3.109) se assim não o fizerem.    Só é permitido fumar em lugares amplos, em salas especialmente condicionadas, separadas com uma porta de fechamento automático e ventilação.

A lei, que em um primeiro momento gerou incredulidade com relação ao cumprimento entre os italianos, é um êxito de civismo em um país onde em outro tipo de obrigações reina a anarquia.     Os fumantes se acostumaram com rapidez a não fumar em locais públicos e atualmente é habitual que entre prato e prato, se tiverem vontade de fumar, saiam à rua para desfrutar do vício, independentemente de ser inverno ou verão.

À porta de bares e restaurantes é possível ver dezenas de jovens fumando enquanto bebem algo, sem o registro de protestos entre os fumantes e os estabelecimentos.

O ex-ministro da Saúde relembra que se no início os proprietários dos restaurantes temiam perder clientes, "depois descobriram que a norma atraiu novos consumidores, pessoas com problemas de coração, asmáticos..." que não costumavam ir a restaurantes.

Com relação às estatísticas, a lei anti-fumo comemora o quinto aniversário entre os holofotes e a penumbra. Se por um lado a aplicação da norma produziu nos últimos quatro anos uma queda geral entre os fumantes, em 2009 o número voltou a aumentar.     Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística italiano (Istat), no ano passado, o percentual de fumantes aumentou 23%, chegando aos 13 milhões em comparação com os 11 milhões do ano anterior.  Se a lei parece não ter influenciado no número de fumantes, como detalhou os dados recentes do Istat, pelo menos se fuma menos.

Em 2008, houve uma redução no consumo de 2,2%, 42 milhões de pacotes de tabaco deixaram de ser vendidos com relação ao ano anterior e pela primeira vez nos últimos dez anos as vendas ficaram abaixo dos 92 milhões de quilos.

Por outro lado, no entanto, cresce o consumo de maconha, sobretudo entre os jovens, que consideram a droga uma alternativa ao cigarro, porque fumam menos se comparado ao cigarro.

Logo após a aplicação da lei, a política quis dar o exemplo. Dois conhecidos fumantes, o líder direitista e o atual presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, e o expoente da esquerda e ex-presidente do Governo Massimo D'Alema, anunciaram que deixaram o vício.

A próxima proposta contra o tabaco foi feita pelos aliados de Silvio Berlusconi no poder, a Liga Norte, que proibiram o fumo aos motoristas, com multas de até 250 euros (US$ 353) e cinco pontos na carteira, já que "o cigarro é mais perigoso que falar ao celular".

Da EFE

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