domingo, 23 de agosto de 2009

Newsletter do Blog do Ale' Italia

 

Blog do Ale' Italia


22 de agosto, Dia do Folclore

Posted: 22 Aug 2009 07:14 AM PDT

Em 1965, o Congresso brasileiro oficializou o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore, numa justa homenagem à cultura popular brasileira. A palavra folclore tem origem no inglês antigo, sendo que "folk" significa povo e "lore" quer dizer conhecimento, cultura.

História
O folclore brasileiro, portanto, é a cultura de nosso povo e não há nada mais nacional do que ele. Afinal, ele é precisamente o conjunto das tradições culturais dos conhecimentos, crenças, costumes, danças, canções e lendas dos brasileiros de norte a sul. Formada pela mistura de elementos indígenas, portugueses e africanos, a cultura popular brasileira é riquíssima.

Na área musical, por exemplo, são inúmeros e muito variados os ritmos e melodias desenvolvidos em nosso país. É o caso do frevo, do baião, do samba, do pagode, da música sertaneja... Há ainda as danças típicas das festas populares, como o bumba-meu-boi, o forró, a congada, a quadrilha e - é claro - o próprio carnaval, um verdadeiro símbolo de nosso país.

Um dos aspectos mais interessantes do folclore brasileiro, porém, são os seres sobrenaturais que povoam as lendas e as superstições da gente mais simples. O mais popular é o Saci, um negrinho de uma perna só, que usa um barreta vermelho, fuma cachimbo e adora travessuras, como apagar lampiões e fogueiras ou dar nó nas crinas dos cavalos.

Mas há vários outros seres fantásticos em nosso folclore: o Curupira, um anão de cabelos vermelhos, que tem os pés ao contrário; a Mula-sem-cabeça, que solta fogo pelas narinas; a Boiúna, cobra gigantesca cujos olhos brilham como tochas; e o Lobisomem, o sétimo filho homem de um casal, que vira lobo nas sextas-feiras de luas cheias, entre outros.

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Começa neste sábado o Ramadã, mês de jejum para os muçulmanos

Posted: 22 Aug 2009 07:06 AM PDT


Muçulmanos participam de orações na Mesquita Brasil, em São Paulo
(Foto: Arquivo/Sociedade Beneficente Muçulmana de São Paulo)
Do primeiro dia da lua nova, neste sábado (22), até a próxima lua nova, em setembro, acontece o Ramadã. A tradição islâmica prevê um período de jejum e meditação para a purificação espiritual e depuração física dos muçulmanos.

"No Ramadã, o muçulmano deve se abster de água, comida, sexo, desavenças, intrigas e tudo que possa desagradar os ensinamentos de Alá. Esse período vai do alvorecer ao crepúsculo, quando se quebra o jejum. O período tem por objetivo ensinar aos muçulmanos a disciplina, boas ações e a caridade, bem mais do que em qualquer outro mês do ano. A abstenção da comida e bebida nada adianta sem lapidar sua conduta e sua paciência e sem deixar de lado as mentiras e imoralidades", diz ao G1 o xeique Armando Hussein Saleh, da Mesquita Brasil, em São Paulo, e coordenador do Grupo de Estudo Islâmico Brasileiro ( Geib ).

O Ramadã, que tem entre 29 e 30 dias, já que o mês islâmico é lunar, é, segundo o xeique, a oportunidade do muçulmano de se redimir de seus pecados e purificar sua alma. "Islã significa, se traduzido para o português, submissão à vontade do criador, e é para isso que nós vivemos. A vida aqui é passageira, assim como tudo o que é material", afirma.

Saleh explica que o jejum é o quarto, dos cinco pilares do islamismo. "O primeiro pilar é o testemunho da fé, da unicidade da divindade de Alá; o segundo é o cumprimento das cinco orações diárias; o terceiro é o pagamento de um tributo, que purifica as riquezas do homem e é destinado para 8 categorias, pobres e necessitados estão entre as primeiras; o quarto pilar é o jejum do mês de Ramadã; e o quinto é a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida, para quem tiver condições financeiras e de saúde."


Depois do período de jejum, à noite, é permitido comer, beber e, principalmente, enfatizar orações em grupo, nas mesquitas. "Isso é a purificação, a meditação. É um incentivo à unidade. Dentro do Islamismo, álcool, drogas, cigarro e carne de porco são ilícitos e não devem ser consumidos nunca. Se um muçulmano fizer uso de algum desses itens, tem no Ramadã a oportunidade de se redimir e abandonar o uso."

O período do Ramadã foi escolhido porque, segundo o xeique, nesse mês foram reveladas as escrituras sagradas. "Em respeito a essas revelações, os muçulmanos praticam o jejum."

Punição
O jejum durante o Ramadã é obrigatório para todos os muçulmanos a partir da puberdade, com exceção de pessoas doentes que não estejam em perfeito estado de saúde e mental. "Aquele que não cumprir o jejum simplesmente por não querer, pode fazer jejum por toda a sua vida que não será suficiente para repor esse dia, dizem as escrituras."

Já aqueles que não podem praticar o jejum por motivos de saúde ou uma viagem, por exemplo, precisam pagar uma diária de refeições para um necessitado, por cada dia em que não for respeitado o jejum. "Nossa religião pende sempre para o lado dos fracos e pobres."

Festa após jejum
Ao término do Ramadã, a comunidade muçulmana realiza a festa do desjejum. A celebração acontece nas mesquitas para comemorar o fim do jejum do mês de Ramadã. Faz parte da tradição pagar o valor de uma diária de alimentação para um necessitado muçulmano por cada membro da família. "Fazemos isso para que essa pessoa, mesmo pobre, também possa ter a sua ceia após cumprir o jejum."
G1

Cruz Vermelha surgiu após massacre em guerra do século XIX

Posted: 22 Aug 2009 06:50 AM PDT

Neste sábado (22), a Cruz Vermelha comemora 145 anos da assinatura de seu tratado na Convenção de Genebra. A organização, que atua na proteção humanitária e assistência à vítimas de guerra, teve início com a indignação de um homem após ver a falta de assistência aos feridos em uma guerra do século XIX.




Símbolo da entidade é a bandeira da Suíça invertida (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

O ano era 1859. Uma batalha na cidade de Solferino, na Lombardia italiana, deixou 6 mil mortos e 40 mil feridos em menos de dois dias. Era a luta pela unificação da Itália e o cenário após a guerra era devastador. Os suprimentos médicos dos franceses - aliados dos sardenhos contra os austríacos - eram precários e os feridos foram obrigados a se locomoverem até o vilarejo mais próximo, em Castiglione. Apenas 9 mil conseguiram chegar vivos.

No dia em o vilarejo foi invadido pelas vítimas da batalha, um suíço chamado Henry Dunant estava chegando à região para se encontrar com Napoleão III. Quando viu a situação dos feridos, ele organizou um mutirão e conseguiu colocar a maioria em abrigos e igrejas, com a ajuda da população local.

O tempo passou e Dunant não conseguiu esquecer o que viveu em Castiglione. Em 1862 ele publicou em livro a experiência de ajudar tantas pessoas. "Memórias de Solferino" foi um grande sucesso, sendo traduzida para quase todos os idiomas europeus e lido por pessoas influentes.





Jean Henri Dunant, em retrato de 1902 (Foto: AFP)

Uma delas era Gustave Moynier, advogado e presidente de uma pequena entidade beneficente de Genebra. Em 1863, ele ficou maravilhado com a ideia e propôs os resultados do trabalho de Dunant para um grupo de mais três pessoas, além do próprio Dunant. Eles formaram um comitê, a princípio chamado de Comitê Internacional para Ajuda de Feridos, que depois ficou conhecido como Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

O grupo se reuniu pela primeira vez em fevereiro daquele ano e decidiu que para conseguir ajudar feridos em combate precisavam de distintivos de segurança. Meses depois, eles perceberam que precisariam reunir uma conferência internacional em Genebra para estudar medidas para superar as dificuldades de assistência médica em campos de batalha. Em outubro de 1963, o encontro teve a participação de 14 delegações de países e estabeleceu as bases para a implementação das sociedades da Cruz Vermelha em cada nação. Hoje existem pelo menos 181 escritórios reconhecidos, em quase todos os países do mundo.

Mas as regras ainda não tinham legitimidade internacional abrangente. Faltava um documento com força de lei. Foi aí que o governo suíço se encarregou de enviar uma carta-convite a todos os governos europeus, EUA, Brasil e México, para comparecer à Convenção de Genebra.



Primeiro documento assinado na Convenção de Genebra, em 22 de agosto de 1864, fica exposto no museu da Cruz Vermelha (Foto: Fabrice Cofrini/AFP)

Há exatos 145 anos, um documento era assinado com regras para feridos em combates. Ali nascia a lei internacional humanitária. E a Cruz Vermelha ganha respaldo e poder para atuar.

Foi nessa época também que o emblema da cruz foi adotado. Segundo explicou Marçal Izard, responsável da entidade para assuntos latino-americanos, em entrevista ao G1, a cruz é o avesso da bandeira da Suíça "para honrar o país sede da Convenção de Genebra e porque a Suíça é considerada uma nação neutra."

Batismo de fogo
Logo que passou a ser reconhecida, a Cruz Vermelha já teve trabalho. A guerra entre Áustria e Prússia em 1866 e a posterior batalha Franco-Prussiana, de 1870, fizeram com que o grupo implementasse uma agência para auxiliar as famílias de soldados feridos ou capturados.

Décadas depois, um conflito muito maior abalaria o mundo. A Primeira Guerra Mundial expandiu os trabalhos da Cruz Vermelha, que criou uma agência especial para tratar dos prisioneiros de guerra. Além de cuidar de feridos, a entidade emitia comunicados quando encontrava irregularidades e abusos. Durante a guerra, a Cruz Vermelha foi a única entidade autorizada a visitar campos pertencentes a todos os países guerreiros. Segundo Marçal Izard, em agosto de 1914, a organização internacional tinha apenas 10 membros e em outubro do mesmo ano já contava com 1000 participantes.

"A Primeira Guerra mudou radicalmente o cenário humanitário. Antes dessa guerra, a ação humanitária estava focada apenas em prover ajuda médica aos soldados nos campos de batalha e aliviar a dor dos feridos. Durante a guerra, a ajuda humanitária tentou melhorar a situação de muitas maneiras: cuidando dos mortos, apoiando quem perdeu parentes, cuidando dos presos e deportados, combatendo a miséria e a fome etc."



Hospital militar de Trois Quartiers, na França, durante a Primeira Guerra Mundial (Foto: AFP)

O fracasso na Segunda Guerra Mundial
O conflito mundial que se seguiu à Primeira Guerra deu mais trabalho à Cruz Vermelha. Foi na Segunda Guerra que, pela primeira vez a aviação pôde bombardear o território inimigo e que, também pela primeira vez, o número de vítimas civis foi maior do que de soldados.

Os esforços da entidade para inspecionar campos alemães foram muitas vezes negados e seu trabalho em muitas áreas foi dificultado. Após a descoberta dos campos de concentração, a entidade foi muito criticada por sua não atuação para impedir o destino de milhares de mortos. "A década que seguiu à Segunda Guerra foi o período mais difícil na história da Cruz Vermelha", explica Marçal Izard.

Na época, a neutralidade da Suíça e da entidade foi posta em dúvida. Em 2005, num comunicado emitido no aniversário da libertação de Auschwitz, a organização assumiu que o campo "representou o grande fracasso da história da Cruz Vermelha, agravado pela falta de determinação em tomar atitudes para ajudar as vítimas da perseguição nazista. A falha vai permanecer na memória da instituição, assim como os atos corajosos de indivíduos de delegações da época."

Os demais conflitos ajudaram a instituição a aprimorar suas habilidades e a treinar seus voluntários e funcionários. Hoje, a Cruz Vermelha emprega cerca de 12 mil pessoas em 80 países e tem um orçamento de US$ 900 milhões.
Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo

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