Atlas da Imigração Internacional em São Paulo: 1850-1950 reúne fotos, como esta, do Núcleo Colonial de Nova Odessa, na região de Campinas Fotos: Centro de Memória Unicamp
Em contraste com os mais de 40 milhões de habitantes de hoje, o estado de São Paulo tinha, em 1854, pouco mais de 418,5 mil. Os estrangeiros (aproximadamente 6,7 mil) correspondiam a 1,6% dessa população. O quadro, porém, sofreria brusca alteração nas décadas seguintes com o intenso fluxo imigratório para o Brasil.
Em 1900, os estrangeiros já somavam mais de 478 mil, representando 21% da população paulista. Das duas últimas décadas do século 19 até o início dos anos 1970, cerca de 5 milhões de pessoas entraram no País. Desse total, mais da metade, 2,8 milhões para o Estado de São Paulo.
Esses e outros dados estão registrados no Atlas da Imigração Internacional em São Paulo: 1850-1950. A obra compõe, em conjunto com o Roteiro de Fontes sobre a Imigração em São Paulo: 1850-1950 e o Repertório de Legislação Brasileira e Paulista Referente à Imigração, acervo em torno de mesma temática: a presença estrangeira em terras paulistas.
Os livros fazem parte do Programa Brasil Latino: migração, humanismo latino e territorialidade na sociedade paulista - 1850-1950, financiado pela Fondazione Cassamarca. Foram publicados pela Editora da Unesp e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A trilogia reúne informações fundamentais para o estudo da imigração em São Paulo, destaca um de seus autores, Carlos de Almeida Prado Bacellar, que é professor do Departamento de História da USP e coordenador do Arquivo Público do Estado. A coordenação dos trabalhos foi da professora Maria Silvia Bassanezi, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp. Assinam as publicações ainda os professores Ana Silvia Volpi Scott (da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos) e Oswaldo Serra Truzzi (da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar). (Imprensa oficial)
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